Que fim levou? – parte 1
Ainda faltam 641 dias para o inicio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, pouco menos de dois anos. A natação, um dos esportes mais importantes do programa olímpico, teve seus horários definidos e anunciados esta semana. As eliminatórias começaram as 13h e as finais serão realizadas as 22h. Todas as provas serão disputadas no Estádio Aquático Olímpico, a nova piscina que será erguida dentro do Centro Olímpico da Barra da Tijuca.
As obras deste novo complexo esportivo vão começar no ano que vem. Mas você sabe o que aconteceu com os outros 30 locais que ao longo da história sediaram a natação olímpica? Começamos aqui no blog uma série especial de três artigos contando um pouco mais sobre o que aconteceu com as piscinas das Olimpíadas. Hoje falamos das dez primeiras edições, de 1896 a 1936. Confira abaixo:
Atenas-1896: Na primeira competição olímpica as provas foram disputadas nas águas no Porto de Zea, localizado no subúrbio de Atenas. Naquela época não existiam piscinas e os nadadores tiveram que nadar em águas abertas. Hoje o local é um movimentado porto e conta ainda com uma marina onde são praticados esportes náuticos.
Paris-1900: Um dos maiores cartões postais da cidade luz foi palco das disputas aquáticas desta edição olímpica. O Rio Sena foi o local escolhido para realizar as provas de natação. Naquela Olimpíada os atletas nadaram a favor da corrente e em meio ao trânsito de barcos. Até hoje o local é um dos mais visitados e admirados de Paris, e às vezes acontecem provas de águas abertas por lá.
Saint Louis-1904: Pela primeira vez a natação não foi disputada em águas abertas. A organização dos Jogos construiu um lago artificial dentro do Forest Park, um dos maiores dos Estados Unidos. As largadas eram feitas em uma balsa dentro da água. O parque segue sendo bastante visitado atualmente, mas o lago onde aconteceram as provas não existe mais.
Londres-1908: Primeira vez na história que a competição ocorreu em uma piscina. Ela foi montada de forma temporária dentro do White City Stadium, estádio recém-construído para 70 mil pessoas. A piscina tinha 100 metros de comprimento. Ao longo de décadas o local sediou diversos eventos esportivos, mas foi demolido em 1985 para construção de um novo complexo de prédio da emissora BBC.
Estocolmo-1912: Assim como nas duas primeiras edições, as disputas aconteceram em águas abertas na baía de Djurgårdsbrunnsviken. Esta foi também a primeira vez na história que as mulheres nadaram. O local de nome quase impronunciável é atualmente uma grande baía e onde ocorrem provas de remo e algumas travessias.
Antuérpia-1920: As provas de natação foram disputadas no Stade Nautique d'Antwerp, construído especialmente para esportes aquáticos. Na época atletas reclamaram da água fria e escura da piscina e logo após nadarem tomavam duchas de água quente para se aquecer. O local já não existe mais.
Paris-1924: Na segunda Olimpíada disputada em Paris, a natação ocorreu na Piscine des Tourelles, um parque aquático erguido para o evento. A piscina existe até hoje e recebeu o nome de Georges-Vallerey em homenagem ao nadador francês que disputou os Jogos de 1924. Passou por uma ampla reforma ao longo dos anos e atualmente é uma piscina que atende a população parisiense.
Amsterdã-1928: Localizado dentro do Parque Olímpico de Amsterdã, a piscina do Olympic Sports Park Swim Stadium foi construída especialmente para os Jogos Olímpicos. E coloque especialmente nisso, afinal no ano seguinte ela foi demolida.
Los Angeles-1932: O famoso Los Angeles Swimming Stadium foi uma das maiores construções para aqueles Jogos com mais de 10 mil lugares. O local funcionou até 1984 e ficou fechado até 2002, sendo reaberto totalmente modernizado e rebatizado com o nome de John C. Argue Swim Stadium/LA84 Foundation. Hoje é a maior piscina pública de Los Angeles.
Berlim-1936: Considerada uma das mais modernas inovações para os Jogos de Berlim, a Olympiapark Schwimmstadion Berlin chegou a acomodar mais de 20 mil espectadores durante o evento. A piscina era mais funda que as da época, com azulejos de porcelana e sistema de bombeamento. O parque aquático, que hoje é uma piscina pública para atender a população, fica atrás do Estádio Olímpico de futebol.
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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