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Justiça é feita em Kazan

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28/07/2015 10h00

Se alguém não merecia ficar de fora da Olimpíada do Rio de Janeiro, eram Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto.

Hoje, a justiça foi feita para as melhores nadadoras do mundo em águas abertas dos últimos dois anos.

Ao terminarem entre as dez primeiras colocadas a prova de 10 km no Mundial de Kazan, garantiram seus lugares na prova a ser disputada na praia de Copacabana, daqui um ano.

O Brasil é o único país que terá duas representantes na prova feminina. E as duas com chances reais de medalhas.

Ana Marcela Cunha e sua medalha de bronze (foto: Satiro Sodré)

Ana Marcela Cunha e sua medalha de bronze (foto: Satiro Sodré)

Como bônus, Ana Marcela ainda conquistou o bronze. a medalha primeira do país em Kazan, em uma recuperação memorável na última das quatro voltas do percurso, atrás da francesa Aurelie Muller e da holandesa Sharon Van Rouwendaal. É o terceiro mundial seguido que ela sobe ao pódio (foi ouro nos 25 km em 2011 e prata e bronze nos 10 km e 5 km em 2013).

Mas, em uma prova cheia de tensão – talvez a mais tensa de todo o ciclo olímpico, mais até do que a própria prova olímpica – o que importou mesmo para as duas foi chegar entre as dez primeiras.

Poliana Okimoto (foto: Satiro Sodré)

Poliana Okimoto (foto: Satiro Sodré)

Para Ana, a volta por cima: há quatro anos, na mesma prova de 10 km no Mundial de Xangai, no mesmo sistema de classificação para a Olimpíada, ela terminou na 11ª posição e viu a vaga olímpica escapar por entre os dedos, por somente uma posição.

Para Poliana, um feito inédito: se no masculino o grego Spyridon Gianniotis está garantido como o único a disputar a prova de águas abertas desde sua estreia, em Pequim-2008, a brasileira também se torna, no feminino, a primeira a garantir o feito (lembrando que mais nadadores podem se juntar a eles na próxima seletiva, no ano que vem).

Assim, o Brasil repete exatamente a mesma equipe que foi a Pequim-2008 na estreia das águas abertas em Olimpíadas: Ana Marcela e Poliana no feminino e Allan do Carmo no masculino.

No caso deles, esses oito anos de diferença não pesam fisicamente. Pelo contrário. Terão mais chances do que nunca.

Por Daniel Takata

A equipe Swim Channel no Mundial de Kazan é patrocinada pela Finis, a melhor tecnologia para natação.

Sobre o Autor

Daniel Takata
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.

Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.

Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.

Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.

Sobre o Blog

A Swim Channel é uma editora formada por nadadores que escreve exclusivamente sobre natação sendo eleita a melhor revista do segmento no mundo inteiro no ano de 2012. Através deste Blog, consegue fomentar noticias diárias aumentando o alcance do conteúdo editorial. Acompanhe entrevistas com atletas e personalidades, cobertura dos principais eventos, análises das diversas áreas relacionadas a nossa modalidade.

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