Desafio Elite Rei e Rainha do Mar: o que esperar?
Acontece amanhã o último grande desafio internacional em águas abertas de 2015: o desafio elite Rei e Rainha do Mar, nas águas olímpicas da piscina de Copacabana, com transmissão ao vivo pela Rede Globo a partir das 10h no Esporte Espetacular.
Com um formato que foi instituído em 2013 e que conquistou o público e a mídia, a competição cada vez atrai mais grandes nomes do esporte internacional. Após ter contado com gente do quilate de Thomas Lurz e Oussama Mellouli nos anos anteriores, outros nomes de peso nadarão amanhã no Rio de Janeiro.
Serão seis duplas, com um homem e uma mulher, cada uma representando um país (o Brasil terá duas duplas). O percurso da prova será de 6 voltas de 500 metros (450m de água e 50m de corrida na areia), com três voltas para cada nadador. As mulheres vão dar a largada e, em seguida, nadam os homens, que finalizam a prova e decidem os campeões.
Os grandes nomes começam, claro, pela dupla brasileira: Poliana Okimoto e Allan do Carmo, respectivamente melhores nadadores do mundo em águas abertas pela FINA em 2013 e 2014. Ambos estão garantidos na Olimpíada e pretendem dar o tricampeonato ao Brasil. Se vencerem, será a terceira dupla diferente a dar o título ao Brasil, depois de Poliana e Samuel de Bona em 2013 e Allan e Ana Marcela Cunha no ano passado.
Samuel, aliás, estará de volta, em dupla com Betina Lorscheitter. Ambos estiveram no Mundial de Kazan e no ano passado terminaram o desafio na terceira posição.
As duplas estrangeiras vêm com nomes fortes. A começar pela Alemanha, que tem Angela Maurer, uma das maiores nadadoras em águas abertas da história – é a maior medalhista em mundiais e a mais velha a medalhar, este ano, em Kazan, aos 40 anos. Formará dupla com Christian Reichert, atual campeão do circuito da Copa do Mundo da FINA de 10km. É uma dupla fortíssima.
Fortíssima também é a dupla americana. Chip Peterson foi campeão mundial dos 10km em 2005, passou por problemas de saúde nos anos seguintes, abandonou a natação mas voltou com tudo. Sua companheira é Christine Jennings, antiga rival das brasileiras Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha. Campeã do Pan-Pacífico em 2010 e bronze no Pan-Americano de 2011, é um nome habitual na elite internacional.
A África do Sul vem com Chad Ho, um dos mais experientes no desafio e que esse ano conseguiu seu principal título, o mundial nos 5km. Foi eleito o melhor nadador do mundo em 2010. Sua dupla é a jovem Michelle Weber, de apenas 19 anos, e que já foi campeã mundial junior de águas abertas.
Por fim a Itália, com a especialista em longas distâncias Alice Franco. Suas principais conquistas são em provas de 25km ou mais, incluindo a tradicional travessia Capri-Napoli, de 36km, na qual se sagrou campeã este ano. Ela nadará com Matteo Furlan, medalhista de bronze mundial este ano em Kazan nos 5km e 25km.
A prova está totalmente em aberto. Não há favoritos. Se determinada equipe tem um ponto fraco, é totalmente compensado pelas virtudes do companheiro. Por exemplo a África do Sul, em que Michelle Weber é jovem, mas conta com um experientíssimo nadador ao seu lado. A Itália tem uma nadadora que vai melhor em provas muito longas, e outro que consegue se dar bem em provas curtas, de 5km. Alemanha e Estados Unidos têm duplas uniformes, assim como o Brasil.
A desvantagem da dupla Poliana e Allan é estar em treinamento pesado visando a Olimpíada. A dupla americana, por exemplo, não tem mais chance de nadar os Jogos Olímpicos e provavelmente está mais descansada. A Itália encontra-se na mesma situação, e não por coincidência foram as duas equipes com melhores tempos na definição do grid de largada que ocorreu ontem.
O grid de largada, com uma volta para cada nadador, foi definido ontem. A largada será feita da areia, nessa ordem: Estados Unidos, Itália, África do Sul, Brasil Amarelo (Poliana e Allan), Brasil Verde e Alemanha.
Esperem muitas alterâncias na liderança e definição somente na última volta. Como, aliás, vem ocorrendo nas últimas edições do desafio. Grandes nomes, muitas ultrapassagens, emoção até o final. Quem disse que prova de águas abertas é sem graça?
Por Daniel Takata
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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