Manuella Lyrio, pioneira

Mariana Brochado e Monique Ferreira duelaram por anos pela hegemonia dos 200m livre feminino no Brasil.

Em 2004, fizeram parte do histórico revezamento 4x200m finalista olímpico.

Mariana nadou a prova individual em 2004. Monique, em 2008.

Mas, ao contrário do que se pode imaginar, elas não conseguiram índices olímpicos individuais nas ocasiões.

Em 2004, Mariana classificara-se para nadar o revezamento, e por ser a melhor brasileira na prova individual foi inscrita para nadar.

Em 2008, Monique foi convocada para o revezamento 4x100m livre, e em Pequim acabou nadando os 200m livre.

A última mulher brasileira a conseguir índice individual para a prova, acreditem, foi Patricia Amorim, em 1988 – um ano antes do nascimento de Manuella Lyrio.

Manuella Lyrio (foto: Satiro Sodré/ SSPress/CBDA)

Por isso, nada mais justo que Manuella, que a exemplo de Guilherme Guido não é nenhuma novata e que passou por muitos altos e baixos na carreira, agora em sua melhor fase, seja a primeira mulher brasileira a conquistar índice olímpico individual na natação, nos 200m livre, com 1min58s43.

Com a boa fase de Jessica Cavalheiro, que nadou hoje abaixo de 2 minutos, e com Larissa Oliveira também já tendo nadado abaixo do índice anteriormente, ela sabe que a vaga para a prova individual não está garantida.

Mas a chance é grande. E, de qualquer forma, a vaga no revezamento 4x200m está praticamente garantida.

E ela terá um deja vu: em 2007, estreou em grandes competições justamente no Pan do Rio, medalhando no revezamento. Em 2016, voltará ao Rio de Janeiro. Desta vez, para estrear em Jogos Olímpicos.

Por Daniel Takata