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Trinca de ouro: Katinka repete história

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10/08/2016 19h17

1, 2, 3 vezes…. de ferro! Demorou, mas chegou uma nova geração de mulheres avassaladoras nas piscinas olímpicas. Desde Inge de Bruijn, uma mulher não foi tão dominante em provas individuais como as que vemos hoje no Estádio Aquático Olímpico. Em Sidney-2000, a holandesa conquistou três ouros individuais, nos 50m e 100m livre e nos 100m borboleta, com recordes mundiais em todas as provas. Algo que foi muito impactante à época e que apesar de grandes talentos, não se viu nos Jogos seguintes. Dezesseis anos depois, uma húngara já muito conhecida no cenário internacional consegue repetir o feito: Katinka Hosszu, a Dama de Ferro, contou com um pouco de sorte e, claro, muita competência e aproveitamento da melhor fase de sua carreira para isso.

O 100m costas parecia ser a prova em que tinha menos chances, mas o vacilo da australiana e até então favorita para a prova, Emily Seebohm, pesou a seu favor. Com o 400m medley já garantido (com direito a quebra de recorde mundial de erguer qualquer sobrancelha), agora Katinka veio consolidar o seu reinado absoluto em todos os estilos possíveis da natação no 200m medley. Restava alguma dúvida de que o terceiro ouro – a primeira atleta nesta Olimpíada a fazer isso – viria? Novo recorde olímpico, aliás: 2m06s58.

Katinka Hosszu - Foto de Clive Rose/Getty Images

Katinka Hosszu – Foto de Clive Rose/Getty Images

– Até o Rio eu não tinha nenhuma medalha olímpica. Então eu estaria ok com qualquer uma. Conseguir três ouros é algo surreal. Surreal. Estou muito empolgada! – disse a húngara após a conquista.

E, claro, Katinka ainda pode aumentar o seu currículo com sua última individual. Ela desistiu de nadar os 200m borboleta, mas está inscrita no 200m costas. Novamente, não é a favorita. Mas alguém duvida do poderio da Dama de Ferro?

Se falamos da incansável húngara, o que dizer de Katie Ledecky, postulante e favorita ao título de grande destaque dos Jogos do Rio? Não é novidade que a americana chegou ao Rio de Janeiro com os dois pés no lugar mais alto do pódio em duas provas, o 400m e 800m livre, e o grande desafio estava justamente na metragem mais curta – e de concorrência real. Federica Pellegrini, a italiana que até então só havia perdido um pódio internacional, em Londres-2012, Sarah Sjostrom, em brilhante fase, ou até mesmo Emma McKeon, da Austrália? Não. Nenhuma delas foi páreo para a fundista mais versátil de que se tem notícia nas piscinas.

Shane Tsup vibra com a esposa - Foto: Alessandro Koizumi/Swim Channel

Shane Tsup vibra com a esposa – Foto: Alessandro Koizumi/Swim Channel

De ponta a ponta, Katie Ledecky liderou os 200m livre para fechar em 1m53s73. De ponta a ponta em suas provas, Katie deve selar sua participação olímpica com três pesadas e douradas medalhas individuais no peito.

E se não deu para a imponente Sarah Sjostrom levar o seu segundo título olímpico nos 200m livre, ainda existem oportunidades. A sueca já deixou suas primeiras marcas no Rio de Janeiro. Primeiro ela entrou em cena e, além de vencer sua principal prova, o 100m borboleta, com um segundo de diferença da segunda colocada, ainda anotou um novo recorde mundial – que já era dela. Embora a sua batalha pela trinca de provas do estilo livre seja mais difícil, ela ainda pode igualar o feito de Inge exatamente nas mesmas provas que a holandesa. A concorrência das irmãs Campbell, no entanto é extremamente pesada. O que Sarah pode esperar, além de se superar mais uma vez, é com a má fase que vivem os australianos ao lidar com o pesado favoritismo no Rio de Janeiro.

Katie Ledecky - Foto: Alessandro Koizumi/Swim Channel

Katie Ledecky – Foto: Alessandro Koizumi/Swim Channel

A Olimpíada carioca conta com a presença de uma geração que veio deixar a sua marca. De preferência em dourado…

Por Mayra Siqueira

Sobre o Autor

Daniel Takata
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.

Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.

Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.

Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.

Sobre o Blog

A Swim Channel é uma editora formada por nadadores que escreve exclusivamente sobre natação sendo eleita a melhor revista do segmento no mundo inteiro no ano de 2012. Através deste Blog, consegue fomentar noticias diárias aumentando o alcance do conteúdo editorial. Acompanhe entrevistas com atletas e personalidades, cobertura dos principais eventos, análises das diversas áreas relacionadas a nossa modalidade.

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