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Rússia está fora dos Jogos Paralímpicos

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23/08/2016 23h55

Dia 7 de setembro começa mais um mega-evento na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se da 15ª edição dos Jogos Paralímpicos, a versão olímpica para atletas portadores de deficiência física e intelectual, e que é disputada ininterruptamente desde 1960. Serão utilizadas as mesmas estruturas e arenas dos Jogos Olímpicos que se encerram no último domingo e este ano o evento terá 23 modalidades com mais de 4,5 mil atletas participantes de centenas de países.

Porém, um país não terá nenhum representante no Rio de Janeiro. Trata-se da Rússia, que devido ao esquema de doping estatal que foi descoberto pela Agência Mundial Antidoping (WADA) foi banida e suspensa pelo Comitê Internacional Paralímpico. A decisão foi anunciada no início deste mês e os russos entraram com recurso para reverter a situação, mas não obtiveram sucesso. Nem mesmo as súplicas de paratletas para competir fizeram o Comitê Paralímpico mudar de opinião.

"Embora estejamos satisfeitos com a decisão, não é um dia para celebrarmos. Temos uma enorme simpatia pelos atletas russos que vão perder os Jogos do Rio, mas a decisão sublinha nossa forte crença de que doping não tem lugar no esporte paralímpico e melhora nossa capacidade de assegurar uma competição leal e no mesmo nível para os atletas paralímpicos de todo o mundo", afirmou Philip Craven, presidente do Comitê.

A nadadora Olesya Vladykina, campeã patralímpica em Londres - Foto: Reprodução

A nadadora Olesya Vladykina, campeã patralímpica em Londres – Foto: Reprodução

Em Londres-2012 a natação paraolímpica russa conquistou 42 medalhas, sendo 13 delas de ouro e ficou em quinto lugar no quadro de medalhas, uma colocação a frente do Brasil. A medida do Comitê Paralímpico é duríssima. Antes dos Jogos Olímpicos o Comitê Olímpico Internacional (COI) também sofreu uma forte pressão para suspender e banir toda a delegação russa do Rio-2016, mas optou por deixar a decisão a cargo das federações internacionais. Dessa forma o atletismo foi suspenso e a natação liberou todos os nadadores para competirem, entre eles Yulia Efimova que estava cumprindo uma suspensão por testar positivo para meldonium.

A decisão final de banir todos os paratletas russos pode ser considerada injusta, afinal nem todos utilizam métodos sujos para competir e inocentes acabarão sendo impossibilitados de competir. Porém, esta medida mostra que o combate ao doping tende a ser cada vez mais feroz. Infelizmente ações extremas tem que ser utilizadas pelo bem do esporte mundial.

Por Guilherme Freitas

Sobre o Autor

Daniel Takata
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.

Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.

Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.

Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.

Sobre o Blog

A Swim Channel é uma editora formada por nadadores que escreve exclusivamente sobre natação sendo eleita a melhor revista do segmento no mundo inteiro no ano de 2012. Através deste Blog, consegue fomentar noticias diárias aumentando o alcance do conteúdo editorial. Acompanhe entrevistas com atletas e personalidades, cobertura dos principais eventos, análises das diversas áreas relacionadas a nossa modalidade.

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