17 momentos de 2017
Mais um ano chega ao fim, e com ele é hora de recordarmos e relembrarmos alguns momentos que fizeram 2017 ser tão marcante no mundo da natação e das águas abertas. Conquistas, medalhas, recordes, crescimento de eventos, momentos de superação, despedidas. Selecionamos 17 momentos deste ano incrível para vocês. Confiram!
Brasil no Mundial de Budapeste
Após sair dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 com apenas uma medalha de bronze, a natação brasileira não demorou a reagir fazendo uma ótima campanha no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste. Mesmo com os diversos problemas políticos envolvendo a CBDA, a equipe se superou na capital húngara voltando para a casa com oito medalhas sendo cinco na piscina e três nas águas abertas.
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A pioneira das piscinas
Etiene Medeiros já vinha fazendo história a ser a primeira nadadora brasileira a ganhar uma medalha de ouro em Mundiais de curta e Jogos Pan-Americanos. Faltava o primeiro ouro em Campeonatos Mundiais de longa, que veio em sua especialidade, os 50m costas com um excepcional tempo de 27s14 (novo recorde sul-americano) e domínio absoluto da prova liderando de ponta a ponta.
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O novo superstar da natação
Michael Phelps deixou as piscinas após o Rio-2016 e ao que tudo indica seu sucessor já apareceu. Trata-se Caeleb Dressel. O jovem de 21 anos foi implacável no Mundial de Budapeste ao conquistar sete medalhas de ouro e oito provas disputadas. Suas performances nos 50m e 100m livre e 100m borboleta foram avassaladoras e próximas dos recordes mundiais que vigoram desde a era dos trajes tecnológicos. Além do título de melhor do Mundial foi eleito pela Fina o melhor da temporada. Surge um novo fenômeno?
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O regresso
A temporada 2016 não foi fácil para Bruno Fratus. Após enfrentar uma lesão nas costas e não conseguir subir ao pódio olímpico, o velocista retomou seus treinamentos em Auburn e trabalhou duro para se recuperar. Nadando para 21 segundos com uma impressionante regularidade, conseguiu em Budapeste o melhor desempenho de sua vida: 21s27 e medalha de prata nos 50m livre. Um resultados bastante celebrado pelo nadador.
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O novo presidente
Após um turbulento período pós-olímpico, com a prisão do então presidente Coaracy Nunes e outros dirigentes, a CBDA realizou em junho um novo pleito que elegeu Miguel Carlos Cagnoni, ex-presidente da FAP, como presidente da entidade. Porém, o não reconhecimento da Fina faz com que a CBDA tenha que realizar uma nova eleição que ainda não tem data para acontecer e pode acarretar em suspensão da entidade. Uma novela que esta longe de um final.
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Latindo alto
Guilherme Costa começou o ano como promessa de grandes resultados para o fundo brasileiro. Terminou a temporada como uma das maiores revelações do planeta nos 1500m livre. No Torneio Open, em dezembro, o Cachorrão tornou-se o primeiro nadador brasileiro a completar a mais longa prova da natação abaixo dos 15 minutos cm 14min59s01. Hoje é um dos principais nomes jovens a serem acompanhados durante este ciclo olímpico.
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De novo a melhor do mundo
Nas águas abertas Ana Marcela Cunha teve uma de suas melhores temporadas sendo eleita mais uma vez a melhor do mundo pela Fina. No Mundial de Budapeste foram três medalhas, dois bronzes em chegadas disputadíssimas nos 5 km e 10 km e um ouro nos 25 km após dominar a prova inteira, sagrando-se tricampeã mundial na distância. Na Copa do Mundo da Fina terminou com o vice-campeonato geral e ainda teve outras vitórias simbólicas como na Travessia Capri-Nápoles e no Desafio Rei e Rainha do Mar. Tudo isso após uma delicada cirurgia de remoção do baço.
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O adeus do Mr. Pan
"Vai Thiago!". O grito imortalizado pela mãe Dona Rose Vilela não será mais ouvido nas piscinas. Durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, em x, Thiago Pereira anunciou sua aposentadoria da natação competitiva. Após mais uma década entre os melhores do mundo, Thiago resolveu que era hora de parar. O agora ex-nadador trabalha em diversos projetos pessoais tendo organizado um torneio que leva seu nome, seu famoso training camp e participado do reality show Dança dos Famosos.
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A sueca imparável
Se Dressel foi o cara entre os homens, entre as mulheres ninguém foi melhor do que Sarah Sjöström. A sueca teve um ao espetacular batendo seis recordes mundiais, dois na longa e quatro na curta. No Mundial de Budapeste levou quatro medalhas (três delas de ouro) e ainda trinfou na Copa do Mundo de piscina curta colocando fim ao reinado de cinco anos de Katinka Hosszu. Foi eleita no fim da temporada com justiça a melhor do mundo pela Fina.
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Revolução francesa
A seleção francesa de águas abertas terminou o Mundial de Budapeste como a grande surpresa pelo espetacular desempenho. Liderados por Aurelie Muller, a equipe voltou para a França com seis medalhas conquistas e liderança no quadro de medalhas da modalidade com quatro ouros. Aurelie, que foi desclassificada no Rio-2016 e perdeu sua medalha de prata, deu a volta por cima ao vencer a maratona dos 10 km e ser prata nos 5 km.
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Uma prova inesquecível
Gabriel Santos, Marcelo Chierighini, Cesar Cielo e Bruno Fratus. A prova que este quarteto fez na final do revezamento 4x100m livre dificilmente será esquecida algum dia. Os nadadores faturaram a medalha de prata após uma árdua batalha contra o favorito time americano. Com 3min10s34 derrubaram o antigo recorde sul-americano da prova e fizeram os americanos suarem. Uma performance sensacional.
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O maior da história
Se o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste já foi sensacional, o Campeonato Mundial Master que aconteceu semanas depois na capital húngara não ficou para trás. Com mais de 9 mil atletas inscritos nas cinco modalidades aquáticas foi a maior edição do evento segundo a Fina, comprovando que a natação master pode tornar-se um evento de massa nos próximos anos.
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A despedida de Poliana Okimoto
Única mulher medalhista olímpica da natação brasileira, Poliana decidiu encerrar sua gloriosa carreira em 2017. Ausente do Mundial de Budapeste, a nadadora deixou para se despedir das águas no final da temporada. Primeiro no Torneio Open e depois no Desafio Rei e Rainha do Mar, onde foi coroada mais uma vez como realeza dos mares. Poliana deixou a natação competitiva em seu palco preferido, a Praia de Copacabana, para se dedicar a vida pessoal e planeja ser mãe nos próximos anos.
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A nova geração
Poliana Okimoto deu adeus, mas engana-se quem ache as águas abertas do país está mais fraca. A nova geração de nadadores de águas abertas do Brasil deu mostras que pode fazer bonito nas próximas temporadas. Fernando Ponte e Viviane Jungblut são os principais destaques dessa nova safra da natação brasileira. Ambos conquistaram medalhas em etapas da Copa do Mundo da Fina e foram muito bem na estreia em Mundiais.
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Terremoto aquático brasileiro
Em setembro um fortíssimo terremoto de 7,1 graus na Escala Richter sacudiu o México e adiou para o fim da temporada a realização do Mundial Paralímpico de Natação na capital mexicana. Na piscina foram os brasileiros que sacudiram a água fazendo a melhor campanha da história do país na competição: 36 pódios e quarto lugar no ranking geral de medalhas. O maior destaque individual foi Andre Brasil com nove medalhas conquistadas.
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Um ano movimento
Não foi apenas dentro da piscina que o ano foi intenso. Fora dela as marcas de natação tiveram uma temporada cheia de mudanças. A começar pelo fim do contrato de mais de 60 anos entre Speedo e a Federação Australiana, que passou em 2017 a vestir Arena. A TYR surpreendeu a todos ao assinar com Ryan Lochte quando ele ainda cumpria suspensão imposta pela USA Swimming. A Finis e a Nike também agitaram o mercado ao firmarem contratos de patrocínio com James Guy e Kosuke Hagino respectivamente.
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Eventos e mais eventos
2017 ficará marcada também pelo aumento no número de eventos de natação em todo o país. Praticamente em todos os fins de semanas do ano tivemos algum evento de águas abertas, master ou piscina acontecendo para atletas amadores em todos os estados. Provas grandes, médias ou pequenas para todos os tipos de atletas. Uma mostra de como a modalidade pode e deve continuar se expandindo no decorrer dos próximos anos.
Este foi o último texto do Blog SWIM CHANNEL em 2017. Nos vemos aqui novamente em 2018! Um feliz ano de muitas braçadas e até breve!
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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