O quão forte está sendo o Mundial de Gwangju?
Hoje, aconteceram as finais do terceiro dia da natação do Mundial de Esportes Aquáticos.
E a impressão que ficou (leia o resumo da etapa aqui) é a de que o nível das finais foi fraco.
Ao menos, se comparado com o que nos acostumamos ver em Mundiais.
Os tempos dos vencedores das provas de 100m costas masculino e feminino, 200m livre masculino e 100m peito feminino, e também os tempos para chegar ao pódio, foram considerados aquém das expectativas.
Mas, em uma análise mais ampla, será mesmo que esse Mundial está sendo mais fraco que o esperado?
Mundiais de Esportes Aquáticos são disputados a cada dois anos, alternando-se sendo um em ano pós-olímpico e outro em ano pré-olímpico.
E costuma-se esperar que o Mundial do ano pré-olímpico, como é o caso da edição atual, seja mais forte que o do ano pós-olímpico.
Como, então, o Mundial de Gwangju está se saindo em comparação ao Mundial anterior, de Budapeste?
Até o momento foram realizadas 13 finais.
Em 8 delas foram disputadas semifinais. E, dessas, em nada menos que 7 o tempo do 16º colocado foi mais forte em 2019 do que em 2017.
Para classificação para a final, de 13 provas, em 8 o tempo do 8º colocado foi mais forte em 2019. Mesmo número quando consideramos o tempo para chegar ao pódio.
O único critério em que o Mundial de 2017 leva vantagem é o tempo para a medalha de ouro. Em somente 5 das 13 provas o Mundial de 2019 teve tempo do vencedor mais rápido.
Observar tempos para pódio e para ouro das provas do dia de hoje realmente fazem com que tenhamos a impressão de provas mais fracas.
Afinal, para as provas de 100m peito e 100m costas feminino e 100m costas e 200m livre masculino, os tempos para pódio e ouro foram mais fracos agora do que há dois anos (com única exceção para o ouro dos 100m costas masculino, que em Gwangju foi um centésimo mais rápido do que em Budapeste).
Mas, no geral, aparentemente esse Mundial está, sim, mais rápido do que o de 2017.
Três provas do Mundial de 2019 foram, em todos os critérios, mais rápidas do que as de 2017: 100m peito, 50m borboleta e 4x100m livre masculino.
E somente uma, 100m peito feminino, foi inteiramente mais rápida há dois anos em comparação com agora.
Mas ainda nem chegamos à metade da competição.
Retornamos ao fim do Campeonato com a análise completa.
Por Daniel Takata
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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