Se Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha fizeram história na prova de 5 km para mulheres, a prova masculina não foi menos empolgante.

O alemão Thomas Lurz buscava o feito inédito de um pentacampeonato em provas de águas aberotas em Mundiais de Desportos Aquáticos – vencera os 5 km em 2005, 2007, 2009 e 2011. Somente Michael Phelps, na piscina, nos 200m borboleta, venceu cinco vezes. Mas quem conseguiu um feito inédito foi o tunisiano Oussama Mellouli. Em uma batalha colossal com Lurz durante toda a prova, abriu uma pequena liderança no final e a manteve, para se tornar o único nadador a vencer mundiais em águas abertas e em piscina (venceu os 1500m livre em Roma-2009). No ano passado, ele já havia obtido o mesmo feito em Olimpíadas – foi campeão dos 10 km em Londres e dos 1500m livre em Pequim-2008.

Após a prova, Mellouli disse que após Londres achava que não havia mais nada para conquistar e colocou sua carreira em dúvida, mas a retomou e conseguiu ir ainda mais longe. Lurz terminou na terceira posição, atrás do canadense Eric Hedlin, e mesmo acostumado a vitórias – nunca perdera a prova em Mundiais de Desportos Aquáticos – se disse satisfeito, pois já está com 33 anos e não se pode vencer sempre, apesar de lutar sempre para isso.

Outro que fez história foi o brasileiro Samuel de Bona. Terminando numa ótima sexta posição, consegue a melhor colocação da história do Brasil em águas abertas em mundiais, no masculino, igualando a posição de Allan do Carmo nos 25 km em 2011. Após a prova, destacou que a prova foi difícil de ser nadada pelo número de atletas (54), mas que por sorte não sofreu muito com a violência, que aliás foi grande. Agradeceu ao seu técnico Kiko Klaser, que não está em Barcelona, mas que o tranquilizou em uma ligação telefônica antes da prova, pois estava muito nervoso, e a sua família, que foi ao porto de Barcelona prestigiá-lo.

Por Daniel Takata