Poliana Okimoto fez história novamente em Barcelona. Com a medalha de bronze conquistada agora há pouco na prova de equipes nas maratonas aquáticas, ao lado de Allan do Carmo e Samuel de Bona, conseguiu sua terceira medalha neste Mundial (já havia sido ouro nos 10 km e prata nos 5 km).

Em Mundiais de Esportes Aquáticos, nunca nenhum brasileiro havia saído com três pódios. Gustavo Borges conseguiu duas medalhas em 1994 (bronze nos 100m livre e revezamento 4x100m livre), mesmo feito obtido por Cesar Cielo em 2009 (ouro nos 50m e 100m livre) e 2011 (ouro nos 50m livre e 50m borboleta).

Também é a primeira vez na competição que a seleção conquista cinco medalhas, contando todos os esportes aquáticos (Ana Marcela Cunha foi prata nos 10 km e bronze nos 5 km). Antes, quatro haviam sido conquistadas em 2009 e 2011.

Para Ricardo Cintra, técnico de Poliana e membro da comissão técnica do Brasil em Barcelona, as chances de mais duas serem conquistadas nos 25 km, no sábado, são grandes. "Ana Marcela é grande favorita ao pódio, pois é a atual campeã mundial da prova e está muito bem. Allan do Carmo também está em ótima forma, nadou bem os 10 km e e estará motivado com o bronze na prova de equipes."

Para ele, será difícil os nadadores das provas de piscina igualarem a performance das águas abertas, mesmo contando com astros como Cesar Cielo e Thiago Pereira. "Cinco, seis ou sete medalhas são muito difíceis de conquistar, mesmo na piscina havendo muito mais provas. Hoje, os nadadores de águas abertas do Brasil têm o mesmo espaço e a mesma visibilidade das estrelas da piscina."

Por Daniel Takata