Cielo, França e Nicholas: história escrita em Doha

Cesar Cielo, Felipe França e Nicholas Santos. Todos campeões mundiais. Só por isso já merecem um lugar de destaque na história da natação brasileira. Mas há muito mais por trás dessas conquistas.

Cielo, com um bronze conquistado em 2004, dois ouros, uma prata e um bronze em 2010 e um ouro e dois bronzes em 2014, soma oito medalhas em mundiais de curta. Amanhã, ele terá grande chance de acrescentar mais duas à coleção, nos 100m livre e no revezamento 4x100m medley. Se conseguir, igualará Gustavo Borges como maior medalhista brasileiro na história da competição. Gustavo conquistou quatro ouros, quatro pratas e dois bronzes entre 1993 e 2002.

Caso consiga mais duas medalhas, Cielo também se tornará o maior medalhista brasileiro em uma edição de mundial. Gustavo, em 1995, e ele próprio, em 2010, conquistaram quatro. Essa marca também pode ser batida por Felipe França, que já possui três ouros e amanhã nada os 50m peito e o 4x100m medley. França, inclusive, já é o maior medalhista de ouro brasileiro em uma edição, e se conquistar mais dois amanhã, o que é perfeitamente possível, tem chances inclusive de ser o maior vencedor entre todos os atletas que competem este mundial.

Já Nicholas conquistou a prata hoje nos 50m borboleta, e com isso ele tem medalhas em quatro edições diferentes de mundiais de curta (2004, 2010, 2012 e 2014). Aqui ele também iguala Gustavo Borges, que também conquistou medalhas em quatro edições (1993, 1995, 1997 e 2002). E, aos 34 anos, é o mais velho nadador brasileiro a conseguir medalha em mundial. Antes, era ele próprio com 32 em 2012, e 30 em 2010. E antes disso, Gustavo Borges medalhou em 2002 aos 29 anos.

Por Daniel Takata

Cesar Cielo e Gustavo Borges: marcas históricas em mundiais de curta (foto: Satiro Sodré)