Nicholas Santos é bronze nos 50m borboleta
E saiu a primeira medalha do Brasil no Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju. Nicholas Santos manteve-se pelo terceiro campeonato seguido no pódio dos 50m borboleta. Após duas pratas em Kazan-2015 e Budapeste-2017, o brasileiro conquistou desta vez a medalha de bronze na Coreia do Sul.
Foi uma prova bastante concorrida pelo pódio, com poucos centésimos separando os principais medalhistas. A exceção foi o campeão. Caeleb Dressel mais uma vez voou na piscina e com 22s35 não só ganhou fácil o ouro, como bateu seu próprio recorde de campeonato feito nas semifinais ontem. O americano esta em grande forma e tudo indica que fará uma competição incrível.
Nicholas fez no geral uma prova. Saiu bem como de costume, mas atrás de Dressel e não conseguiu pegar o americano. Ele se manteve sempre próximo do rival, mas no final o russo Oleg Kostin surpreendeu e conseguiu levar a prata com 22s70, contra 22s79 do brasileiro. Nicholas ainda por pouco não teve que dividir seu bronze já que Michael Andrew ficou a apenas um centésimo do pódio.
Convidado pela Fina para nadar a competição, já que ele não havia sido convocado pelos critérios da CBDA, Nicholas agradeceu o convite da Federação Internacional e lembrou que com 39 anos continua no topo da natação internacional nos 50m borboleta e que pretende seguir nadando em alto nível.
Guido na final
Mais uma final para o brasileiro nos 100m costas. Após Budapeste-2017, Guilherme Guido chega novamente entre os oito melhores colocados. O brasileiro, que na semifinal foi brilhante ao bater o recorde sul-americano e nadar pela primeira vez na casa dos 52 segundos, fez o suficiente para entrar na decisão ao nadar para 53s23, sétimo tempo. A semifinal entrou para a história por ter sido disputada por 18 nadadores devido aos problemas do acessório de saída do nado costas que será explicado em um texto especial ainda hoje na SWIM CHANNEL. O melhor tempo foi do chinês Xu Jiayu, grande favorito ao ouro com 52s17, nova marca de campeonato.
Foi por pouco
Apenas sete centésimos separaram Fernando Scheffer de sua primeira final em Mundiais de longa. O brasileiro foi um pouco conservador em suas parciais e com 1min45s83 acabou perdendo sua vaga para o italiano Filippo Megli que amanhã sai na raia 8. Fernando, que abdicou dos 400m livre para se concentrar, agora terá que dar a volta por cima no revezamento 4x200m livre, assim como seu companheiro Breno Correia que parou nas eliminatórias também por poucos centésimos. O melhor tempo ficou com o australiano Clyde Lewis que fez uma tática kamikaze, saindo forte e segurando a bronca. Único abaixo de 1min45s: 1min44s90.
Venceu mais não gostou
Adam Peaty é um verdadeiro campeão. Ele é daqueles que não se contentam apenas em vencer, quer bater recordes. Sempre. O britânico assombrou o mundo ontem com seu resultado impressionante na semifinal com 56s88 e esperava voltar a superar a casa dos 57 segundos. E foi por pouco. Com 57s14 venceu com sobras, mas não ficou satisfeito. Em entrevista para o Sportv disse que estava feliz, mas que queria o recorde e que m… acontecem as vezes. Seu compatriota James Wilby levou a prata com 58s46 e o chinês Yan Zibei terminou com o bronze com 58s63, novo recorde asiático.
Uma hegemonia continua…
Nos 200m medley havia um nome indiscutível para ficar com a medalha de ouro: Katinka Hosszu. E a Dama de Ferro não decepcionou, vencendo a prova pela quarta vez na carreira e mostrando que não tem adversárias a altura. O tempo de 2min07s53 ficou aquém do esperado, mas o suficiente para garantir o título. Mostrando que esta de volta após anos de ostracismo e maus resultados, a chinesa Ye Shiwen ficou com a prata com 2min08s60 e a canadense Sydney Pickrem com o bronze nadando para 2min08s70.
…já outra chega ao fim
Se Peaty e Katinka mantiveram seus domínios, o mesmo não se pode dizer de Sarah Sjöström. A sueca perdeu uma das provas onde era dominante desde 2013. Sarah passou forte e dava pinta de que venceria mais uma vez. Porém, nos últimos metros a jovem canadense Margaret MacNeil cresceu, emparelhou e ultrapassou a sueca com muita autoridade para confirmar a maior zebra do Mundial até agora. Ouro para a canadense com um fortíssimo 55s83, novo recorde das Américas. A sueca ficou com a prata com 56s22 e a australiana Emma McKeon levou o bronze com 56s61. No pódio as três homenagearam a japonesa Rikako Ikke, que poderia estar no pódio com elas e no momento está lutando contra uma leucemia.
Duelo a vista nos 100 peito
Se no primeiro dia tivemos um tenso duelo entre Mack Horton x Sun Yang, nos 100m peito teremos outro embate entre atletas que não se gostam: Yulia Efimova x Lilly King. A velha rivalidade entre as duas começou em 2016 quando os nadadores russos corriam o risco de ficarem de fora das Olimpíadas do Rio. King criticou o esquema russo de doping e atacou Efimova, que já havia sido suspensa no passado por doping. A relação não é tão tensa quanto a entre Horton e Yang, mas é bastante fria. Nas semifinais a russa levou a melhor: 1min05s56 contra 1min05s66 da americana.
Canadense é a favorita
Já nos 100m costas a canadense Klyie Masse parece ser a grande favorita a ganhar a medalha de ouro. A atual campeã mundial vai atrás do bi e sua performance nas semifinais só reforçou esse favoritismo. Com 58s50 conseguiu o melhor tempo, porém, a britânica Mina Athernon e sua compatriota Taylor Ruck também nadaram na casa dos 58 segundos e são as ameaças a Klyie.
Logo mais acontece o terceiro dia de eliminatórias do Mundial com as provas de 50m peito masculino, 200m livre feminino, 200m borboleta masculino e 800m livre masculino. As provas tem início a partir das 22h com transmissão do Sportv. Os resultados deste primeiro dia de finais já estão disponíveis no site da Omega Timing. Clique aqui para conferir.
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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