Sempre um grande clássico: EUA x Grã-Bretanha
Quem viu Katie Ledecky vencer o 800m livre nos Jogos Olímpicos de Londres aos 15 anos, superando o recorde americano de 23 anos e quase batendo o recorde mundial, achou que ela era o futuro no fundo feminino, sem adversarias nos próximos anos.
Ela continua muito bem, obrigado. Teve excelentes performances este ano e na seletiva americana para o Mundial se garantiu nos 200m, 400m, 800m e 1500m livre. Ela fez tempos melhores nos meses anteriores nos 200m e nos 800m, treinando pesado, o que gera expectativa para grandes marcas em Barcelona. Em Indianápolis, superou dois recordes nacionais de sua faixa etária. Nos 400m livre, com 4min04s05, superou o recorde que pertencia a ela na passagem dos 800m livre em Londres! Nos 1500m, fez 15min47s15, melhor tempo do mundo de 2016, quarto melhor tempo da historia e somente cinco segundos atras do recorde mundial. Em ambos os casos, a recordista da faixa 15-16 anos antes de Ledecky era da lenda do fundo americano Janet Evans, três ouros olímpicos nos 400m e 800m livre em 1988 e 1992.
Que ela pode ser o grande nome do fundo nos próximos anos, não existem dúvidas. Mas só não achem que ela não terá adversarias. Foi o recado que mandou a relativamente desconhecida britânica Jazmin Carlin.
A seletiva britânica ocorre ao mesmo tempo que a americana e, embora não desperte tanta atenção, vem produzindo alguns ótimos resultados. Carlin é um dos destaques. Com 8mim18s58, fez o melhor tempo do mundo na temporada. Nos 1500m, fez 15min47s26, somente 11 centésimos do excelente tempo de Ledecky. A superioridade delas em 2013 é tanta que estao quase 15 segundos à frente da terceira colocada no ranking, a dinamarquesa Lotte Friis. Uma curiosidade é que Carlin não teve chance de se classificar para a Olimpada de Londres devido a uma doença, e. É treinada pelo americano Bud McAllister, que era técnico de Janet Evans quando a mesma bateu o recorde mundial em 1989 – e que permaneceu como recorde americano até ano passado, quando Ledecky o superou. Algumas coincidências unem as melhores fundistas da temporada, mas em Barcelona a briga pode produzir alguns recordes mundiais.
Outros destaques da seletiva britânica: Adam Brown superou o recorde nacional nos 50m livre com 21s92 que vinha desde 2008 com a lenda britânica Mark Foster. Mas merece destaque também James Proud. Com 22s01, terminou na segunda colocação, mas o detalhe é que ele tem somente 18 anos. Mais expressivo foi seu tempo nos 50m borboleta: 23s10, quarto melhor tempo do mundo e real ameaça às pretensões de Nicholas Santos e Cesar Cielo em Barcelona. O vice-campeão olímpico dos 200m peito Michael Jamieson deu uma resposta à altura ao americano Kevin Cordes com 2min07s78, melhor tempo do mundo em 2013.
Como se vê, a semana da natação não é feita somente de seletiva americana. Do outro lado do Atlântico, o país irmão mostra que irá para Barcelona para voltar com mais do que as três medalhas conquistadas em Londres no ano passado.
Por Daniel Takata
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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