Porta aberta
Em 2008, aconteceu o que chamamos da "prova do século" no Brasil: quatro nadadores com índice olímpico nos 100m peito masculino para os Jogos de Pequim (Henrique Barbosa, Felipe França, Felipe Lima e Eduardo Fischer).
Em 2012, novamente quatro com índice na mesma prova (Henrique, os dois Felipes e João Gomes Junior).
As medalhas internacionais de Felipe França nos 50m peito, a dobradinha França-Lima no topo do pódio do Pan de Guadalajara em 2011, entre outras, atestavam a ótima fase do nado no Brasil.
Inclusive em 2012, no Maria Lenk, os dois melhores tempos brasileiros (Felipe França e Felipe Lima) formavam uma dupla mais rápida do que os dois classificados dos Estados Unidos para a Olimpíada.
Em Londres, França e Lima chegaram às semifinais.
Faltava algo.
Que foi conseguido hoje. O bronze de Felipe Lima nos 100m é a primeira medalha em Mundiais em uma prova olímpica do nado de peito para o Brasil.
É louvável para um nadador que nunca esteve com o primeiro tempo do país na prova. Mesmo para esse Mundial, ele entrou balizado atrás de João Gomes Junior. Ele soube produzir na hora certa.
Felipe, após a semifinal de ontem, disse que quebrou uma barreira psicológica ao nadar para 59 segundos. Na final, abaixou ainda mais. O caminho para o 58s está aberto.
Os peitistas do Brasil terão um novo parâmetro a partir de agora. Brigar por vaga em uma grande competição signficará brigar com um medalhista mundial. O nível só tende a subir. João Gomes Junior, Felipe França e outros serão mais cobrados. Faz parte da evolução.
Aliás, depois do sucesso de França nos 50m, com ouros em Campeonatos Mundiais e recorde mundial, Felipe Lima abriu uma nova porta para a natação brasileira nos 100m. O Brasil teve medalhas em mundiais nos 50m com Eduardo Fischer (curta) e Felipe França, mas a conquistada hoje trata-se da mais importante já obtida pelo nado de peito brasileiro, pois amplia os horizontes. Agora, o céu é o limite.
Por Daniel Takata
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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