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A seleção brasileira de todos os tempos (atualizado)

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05/09/2013 17h39

(Nota: este texto foi atualizado no dia 07/09/2013, acrescentando informações para os revezamentos e reservas para o 4x100m e o 4x200m livre.)

Com a passagem da principal competição do ano, o Mundial de Barcelona, o site Swimvortex decidiu fazer um levantamento interessante, e selecionou os nadadores dos Estados Unidos que comporiam aquela que chamaram de seleção americana de todos os tempos, escolhendo entre os mais laureados nadadores da história do país. O esquema de seleção foi o mesmo utilizado em Olimpíadas e Mundiais: não mais que dois nadadores por prova. Escolheram somente provas olímpicas, para que o levantamento tivesse um caráter histórico (provas de 50m estilos, 800m masculino e 1500m feminino estão em Mundiais somente desde 2001).

Inspirados no que a Swimvortex fez, resolvemos escolher a nossa seleção. Brasileira, evidentemente. Quem seriam os nadadores que integrariam esse time dos sonhos? Algumas escolhas são óbvias, outras nem tanto. Se escolher os dois melhores nadadores da atualidade do país em algumas provas pode ser difícil, imaginem se considerarmos toda a história. Pois foi este o desafio.

Abaixo, você confere a seleção masculina. Voltaremos nos próximos dias com o time feminino.

50m livre
Cesar Cielo
Fernando Scherer
Nesta prova, não há muita discussão. Cesar Cielo é absoluto, campeão olímpico, tricampeão e recordista mundial de longa, campeão mundial de curta, bicampeão pan-americano. Possivelmente está entre os três maiores nadadores da história da prova, quanto mais do Brasil. Fernando Scherer também tem conquistas que nenhum outro brasileiro (à exceção de Cielo) tem: bronze olímpico em 1996, tricampeão Pan-Americano em 1995, 1999 e 2003, heptacampeão consecutivo no Troféu Brasil entre 1992 e 1998 e primeiro no ranking mundial em 1998, tirando do topo o rei da velocidade da época Alexander Popov. Bruno Fratus, quarto lugar em Londres-2012, e Marcelo Chierighini são alguns que em um futuro próximo podem pleitear uma vaga nessa seleção.

Fernando Scherer e Cesar Cielo (foto: Patrick B Kraemer/Efe)

100m livre
Gustavo Borges
Manoel dos Santos
O 100m livre é a prova que deu mais medalhas ao Brasil em Olimpíadas (quatro). Nada mais justo que o responsável por duas delas esteja na nossa seleção. Gustavo Borges foi prata em 1992 e bronze em 1996. Além disso, foi bronze no Mundial de 1994 e medalhista da prova em quatro edições dos Jogos Pan-Americanos (ouro em 1991 e 1995 e bronze em 1999 e 2003), algo que ninguém conseguiu em provas individuais. Foi recordista mundial da prova em piscina curta e também fez história nos Estados Unidos, ao vencer as 100 jardas no Campeonato Universitário por quatro anos consecutivos, algo que ninguém havia feito antes. A disputa pela segunda vaga foi acirrada entre os outros dois medalhistas olímpicos. Manoel dos Santos e Cesar Cielo conseguiram recordes mundiais em piscina longa, e ambos conquistaram o bronze olímpico. Cielo foi campeão mundial, mas Manoel nem pôde tentar esse título pois a competição não existia em sua época. Ficamos com Manoel por três motivos. Primeiro, na Olimpíada de 1960 ele foi atrapalhado por dirigentes, chegou doente à Olimpíada, sofreu com faltas de condições e se não fosse isso poderia ter sido ouro. Segundo, se tivéssemos escolhido Cielo, Manoel ficaria de fora da seleção, o que não gostaríamos que acontecesse para um país com tão poucos medalhistas olímpicos e recordistas mundiais. E terceiro, atualmente Cielo vem deixando de lado os 100m em favor dos 50m, e não ficaria chateado em ficar sem essa vaga.

200m livre
Gustavo Borges
Rodrigo Castro
Gustavo Borges é o único finalista olímpico brasileiro da prova, e na ocasião ainda conseguiu uma medalha de prata, em 1996. Seus ouros nos Pans de 1995 e 1999, mais os títulos mundiais de curta em 1995 e 1997, o colocam como imbatível no país – apesar dele mesmo se considerar um nadador de 100m livre. A outra vaga vai para o recém-aposentado Rodrigo Castro. Ele é o único brasileiro a disputar uma semifinal olímpica da prova (quando Gustavo nadou em 1996, não havia semifinais). E isso foi em 2008, quando de quebra superou o recorde sul-americano de Gustavo que vinha desde a Olimpíada de 1996. Rodrigo conquistou um bronze na prova no Pan de 2003. Djan Madruga também foi bronze no Pan de 1979, mas, nos 200m livre, Rodrigo Castro é mais consistente.

400m livre
Tetsuo Okamoto
Djan Madruga
Para a natação brasileira, conseguir um ouro individual nos Jogos Pan-Americanos nunca foi rotineiro. Antes de 1990, era ainda mais raro. Por isso, o ouro nos 400m livre no Pan de 1951 já seria argumento suficiente para colocar Tetsuo Okamoto nesta seleção. Mas não foi só isso. No mesmo ano, ao bater o recorde sul-americano da prova, fez com que o recorde ficasse nas mãos de um brasileiro pela primeira vez na história. Ainda foi campeão sul-americano da prova  e semi-finalista olímpico. O outro campeão brasileiro campeão pan-americano foi Luiz Lima em 1999, mas em seu lugar escolhemos Djan Madruga. Djan foi bronze no Pan de 1975 e vice em 1979, mas em Olimpíadas teve resultados mais expressivos: foi quarto colocado em 1976 e 1980, perdendo uma medalha por pouco. Chegou a ser recordista olímpico da prova em 1976, o primeiro a nadar os 400m livre abaixo de quatro minutos em Olimpíadas. Luiz Lima que nos desculpe, mas seu ouro no Pan não supera esses feitos de Djan.

1500m livre
Tetsuo Okamoto
Luiz Lima
Primeiro medalhista olímpico da natação brasileira, é de Tetsuo Okamoto o melhor resultado da história do país da prova: o bronze na Olimpíada de 1952. A exemplo do que havia feito nos 400m livre, foi campeão pan-americano em 1951 e campeão sul-americano em 1952 também nos 1500m. Mas o que faz a diferença é realmente a medalha olímpica. Medalha pela qual Djan Madruga brigou em 1976, ao terminar na quarta posição (longe 15 segundos do pódio, é verdade),  estabelecendo um recorde sul-americano que duraria mais de 20 anos. Quem o superou foi Luiz Lima, que também tem no currículo uma importante final, a do Mundial de 1998, em que terminou na sexta posição, e também ficou a cerca de 15 segundos do pódio. Djan foi bronze no Pan de 1975 e prata em 1979. Luiz foi prata em 1995 e 1999. E por isso, nesse desempate acirrado, ficamos com Luiz Lima.

Tetsuo Okamoto e Luiz Lima (foto: Luiz Lima)

100m borboleta
Gabriel Mangabeira
Kaio Márcio de Almeida
Contemporâneos, Gabriel Mangabeira e Kaio Márcio foram responsáveis por grandes momentos nos 100m borboleta. O maior feito de Mangabeira foi ter alcançado a final olímpica em 2004, quando terminou na sexta posição. Naquele ano ele abaixou mais de meio segundo o recorde sul-americano que vinha estagnado desde 1988 com o surinamês Anthony Nesty, campeão olímpico, e por coincidência treinador de Mangabeira na época. Mangabeira ainda foi prata no Pan de 2007 e finalista do Mundial de 2009, com recorde sul-americano brasileiro que dura até hoje. Kaio Márcio, por sua vez, foi quem chegou na frente de Mangabeira no Pan de 2007, ficando com o ouro. Também foi bronze em 2003, além de ter sido finalista no Mundial de 2005. Em piscina curta, foi campeão mundial em 2006. E não há nenhum brasileiro que chegue perto das conquistas dos dois.

200m borboleta
Kaio Márcio de Almeida
Ricardo Prado
Finalista olímpico em 2008 (sétimo colocado) e mundial em 2009 (quarto), é de Kaio Márcio os resultados mais expressivos em termos mundiais nos 200m borboleta. Ele também tem três medalhas pan-americanas da prova em 2003, 2007 e 2011, uma de cada cor. Também deteve o recorde mundial em piscina curta, entre 2009 e 2013, e é o melhor nadador da história do país da prova. Ricardo Prado, mais conhecido pelo medley, também era um grande nadador de 200m borboleta. Foi quarto colocado no Mundial de 1982 e vice-campeão pan-americano em 1983. Deteve o recorde brasileiro por 20 anos, que foi superado justamente por Kaio Márcio em 2003. Leonardo de Deus, atual campeão pan-americano e finalista no Mundial de Barcelona deste ano, pode em breve brigar por uma vaga nessa seleção.

100m costas
Rômulo Arantes
Athos de Oliveira
Mais conhecido após a década de 90 como galã global de novelas, Rômulo Arantes antes havia sido nadador. E dos bons. É dele a primeira medalha do país em mundiais, nos 100m costas, em 1978. Foi bronze no Pan de 1975 e prata em 1979. Disputou três Olimpíadas e teve azar em 1980, quando com seu tempo do Pan do ano anterior teria sido bronze, mas terminou fora da final. Mesmo assim, nenhum brasileiro tem tão bons resultados como ele na prova. A segunda vaga foi difícil de decidir. Quem selecionar? Rogério Romero, finalista mundial em 1998? Alexandre Massura, prata no Pan de 1999? Paulo Silva, brasileiro melhor colocado em Olimpíadas (sexto em 1948)? Athos de Oliveira foi o único brasileiro medalhista na natação no Pan de 1963, em São Paulo, com um bronze nos 100m costas. Este ano, aquela competição completa 50 anos e a Federação Aquática Paulista o entrevistou (confira neste link). Ele diz que não treinava muito costas e se dedicava mais ao livre, e se arrepende disso, pois acredita que poderia ter sido bem melhor no costas. Por isso, e também em caráter de homenagem, Athos de Oliveira é o segundo nadador dos 100m costas na seleção brasileira de todos os tempos.

Rômulo Arantes em novela da Rede Globo (foto: reprodução)

200m costas
Rogério Romero
Ricardo Prado
O único nadador brasileiro a ter disputado cinco Olimpíadas também é o que tem melhores resultados nos 200m costas. Com três medalhas pan-americanas, sua longevidade também é atestada aqui: seus dois ouros foram conquistados com 12 anos de diferença (1991 e 2003), algo inédito na competição. Em todas as cinco Olimpíadas, terminou entre os 16 melhores, tendo sido finalista em 1988 e 2000. Passou perto de uma medalha no Mundial de Curta de 1995, em que ficou na quarta posição. Tem a incrível marca de 16 vitórias nos 200m costas no Troféu Brasil. A briga pela segunda vaga foi acirrada. Thiago Pereira foi campeão pan-americano em 2007 e 2011, mas Ricardo Prado foi finalista olímpico (1984) e mundial (1982), além de ter sido prata nos Pans de 1983 e 1987. Pela relevância mundial de seus resultados em sua época, elegemos Ricardo Prado.

100m peito
José Sylvio Fiolo
Felipe Lima
José Fiolo é um dos poucos recordistas mundiais brasileiros na natação. E conseguiu o feito nos 100m peito em 1967. Passou perto de uma medalha olímpica em 1968, com a quarta posição. Em 1972, foi novamente finalista. Com três medalhas pan-americanas na prova (ouro em 1967 e bronze em 1971 e 1975), é um dos poucos a terem três pódios em uma mesma prova na competição. O outro medalhista de ouro em Pans é Felipe França, em 2011. Henrique Barbosa quase bateu o recorde mundial em 2009 e foi finalista mundial naquele ano. Mas, mais relevante que essas conquistas, foi a que Felipe Lima obteve este ano, no Mundial de Barcelona, onde conquistou a medalha de bronze. Ele já havia sido prata no Pan de 2011 e semifinalista olímpico, mas é esse bronze determinante para colocá-lo como segundo melhor nadador brasileiro da história da prova.

200m peito
Willy Otto Jordan
Henrique Barbosa
Willy Otto Jordan é o único brasileiro finalista olímpico dos 200m peito, em 1948, quando terminou na sexta posição. Também foi a primeira final alcançada por um brasileiro em provas masculinas em Olimpíadas. Ele também foi prata na prova no Pan de 1951. Esses fantásticos feitos foram alcançados quando ele já estava em final de carreira. Poderia ter alcançado mais, mas seu auge foi no início da década de 40, tempo que não houve Olimpídas por causa da guerra. Tanto que, em 1940, ele se tornou o primeiro brasileiro a nadar os 100m livre abaixo do minuto. Também ficou notório por ter sido chefe da delegação brasileira na Olimpíada de 1952 e ter tido papel decisivo na motivação de Tetsuo Okamoto, medalhista de bronze na ocasião. Henrique Barbosa foi finalista mundial em 2009 e chegou a fazer o segundo melhor tempo da história no Troféu Maria Lenk daquele ano. Em 2007, foi prata no Pan do Rio de Janeiro, atrás de Thiago Pereira. Aliás, Thiago era um candidato à vaga nesta prova, pois também foi bronze no Pan de Guadalajara, mas em mundiais ou olimpíadas nunca alcançou finais. Por isso, Henrique Barbosa foi o selecionado.

Willy Otto Jordan (foto: Centro Pró-Memória Hans Nobiling, Pinheiros)

200m medley
Thiago Pereira
Ricardo Prado
Três finais olímpicas e quatro finais mundiais na mesma prova não é para qualquer um. Foi exatamente o que conseguiu Thiago Pereira nos 200m medley. Sempre raspando na medalha, conseguiu finalmente um bronze no Mundial de Barcelona este ano. Ele era uma promessa no Pan de 2003, em que foi prata, mas no início de 2004, no Sul-Americano em Maldonoado, no Uruguai, fez um dos melhores tempos da história de então, entrando entre os melhores do mundo e não saindo mais até hoje. É o atual bicampeão pan-americano, foi campeão mundial de curta em 2004 e também na curta foi recordista mundial em 2007. Ricardo Prado não tem medalhas em nível mundial, mas foi finalista no Mundial de 1982, campeão pan-americano em 1983 e recordista sul-americano por mais de 20 anos. Henrique Rodrigues este ano tem o quinto melhor tempo do mundo e se mantiver a evolução pode brigar por uma vaga nesta seleção.

400m medley
Ricardo Prado
Thiago Pereira
Se nos 200m medley Thiago Pereira é o primeiro nadador, aqui o posto é de Ricardo Prado. Ambos têm uma prata olímpica na prova, mas faz a diferença o ouro com recorde mundial conquistado por Ricardo no Mundial de 1982. Thiago, este ano em Barcelona, conseguiu sua primeira medalha na prova na competição, um bronze. Entre os feitos mais significativos de Ricardo, estão o ouro no Pan de Caracas em 1983 – competição em que foi porta-bandeira do Brasil – e no Pan-Pacífico de 1985, ano em que terminou na liderança do ranking mundial. Thiago tem dois ouros nos Pans de 2007 e 2011, mais um bronze em 2003, duas finais olímpicas e duas mundiais e o feito de ter quebrado o recorde sul-americano de 20 anos de Ricardo Prado em 2004.

Thiago Pereira e Ricardo Prado em 2004, quando o primeiro bateu o recorde do segundo nos 400m medley (foto: Satiro Sodré)

4x100m livre
Gustavo Borges, Manoel dos Santos, Cesar Cielo e Fernando Scherer. Reservas: Edvaldo Valério e José Aranha
Os três primeiros são escolhas óbvias. Fernando Scherer, finalista olímpico em 1996, primeiro no ranking mundial de 1998 destronando Alexander Popov e campeão pan-americano em 1999 nos 100m livre, também. Mas é sempre bom manter Edvaldo Valério como uma carta na manga. Ele foi responsável direto pelo bronze olímpico no 4x100m livre em 2000, fechando a prova, saindo da quinta posição e chegando em terceiro. Pela garra que mostrou naquela ocasião, também entra como membro da equipe nesta seleção. Mas José Aranha também tem duas performances inesquecíveis em revezamentos, ambas na Olimpíada de Munique-1972. No 4x100m livre, caiu para fechar em sexto e chegou em quarto. No 4x100m medley, caiu em oitavo e terminou em quinto. Suas parciais de 52s17 e 52s09 foram quase um segundo e meio abaixo do recorde sul-americano dos 100m livre na época. Curiosamente, Aranha nunca foi recordista continental da prova. Por isso, não seria candidato a esta seleção na prova individual, mas no revezamento faria um grande papel

4x200m livre
Gustavo Borges, Rodrigo Castro, Djan Madruga e Nicolas Oliveira. Reserva: Jorge Fernandes
Além de Gustavo e Rodrigo, escolhidos para os 200m livre, Djan Madruga não poderia ficar de fora deste revezamento. Na Olimpíada de Moscou, em 1980, fechou o revezamento como uma das provas de sua vida e garantiu o bronze para o Brasil. Seu tempo foi de 1min51s40, e o bronze na prova individual fez 1min51s60, ou seja, ele poderia ter brigado (não nadou os 200m livre). Nicolas Oliveira, semifinalista dos 200m livre no Mundial de Barcelona este ano, também é uma boa escolha. Ele também mostrou muita raça e superação ao fechar o revezamento no Pan do Rio, em 2007 para 1min46s63 (fez 1min49s49 na prova individual), saindo do segundo lugar e  dando um ouro inédito ao Brasil em uma prova que os Estados Unidos jamais haviam perdido. Mas qualquer um destes poderia ser muito bem substituído por Jorge Fernandes, junto com Djan bronze no revezamento olímpico em 1980. No início de 1982, conseguiu um recorde sul-americano histórico nos 200m livre de 1min51s33, abaixando de uma vez um segundo a marca continental anterior que pertencia a Djan e um tempo que lhe daria o bronze na Olimpíada de 1980. O recorde durou mais de oito anos.

4x100m medley
Rômulo Arantes, José Sylvio Fiolo, Gabriel Mangabeira e Gustavo Borges
Aqui basta colocar os melhores nadadores de cada 100m. Mas, além disso, todos tinham grande espírito de equipe e nadavam muito bem revezamentos. Rômulo Arantes foi duas vezes finalista olímpico da prova e em Munique-1972, aos 15 anos, abriu para recorde sul-americano dos 100m costas, melhorando mais de um segundo da prova individual e mostrando a superação necessária para grandes performances de revezamentos. Com isso, ajudou o país no melhor resultado da história olímpica do 4x100m medley, o quinto lugar. José Fiolo também estava naquela equipe, mas outra performance sua foi marcante: no Pan de 1967, conseguiu no revezamento uma das parciais mais fortes da história até então, mais rápido até que o recorde mundial vigente dos 100m peito – potencial que ele viria a confirmar meses depois ao bater o recorde da prova individual. Gabriel Mangabeira, no Mundial de Roma em 2009, teve uma parcial de borboleta de 50s16, a terceira melhor da história até hoje, ajudando o Brasil terminar quarto lugar, melhor resultado em mundiais. Gustavo Borges, conhecido como Mr. Relay em sua época de nadador, tem performances inesquecíveis em revezamentos, como no Mundial de 1994 em que fechou o 4x100m livre, ultrapassou alemães e deu o bronze ao Brasil, ou no Mundial de curta de 1993, em que o Brasil foi ouro com recorde mundial e ele teve a mais rápida parcial da história até então. Ninguém melhor que ele para fechar a participação desta seleção brasileira dos sonhos.

Por Daniel Takata

Gustavo Borges (foto: Satiro Sodré)

Sobre o Autor

Daniel Takata
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.

Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.

Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.

Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.

Sobre o Blog

A Swim Channel é uma editora formada por nadadores que escreve exclusivamente sobre natação sendo eleita a melhor revista do segmento no mundo inteiro no ano de 2012. Através deste Blog, consegue fomentar noticias diárias aumentando o alcance do conteúdo editorial. Acompanhe entrevistas com atletas e personalidades, cobertura dos principais eventos, análises das diversas áreas relacionadas a nossa modalidade.

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