O que foi dito na entrevista coletiva do Raia Rápida

Hoje, aconteceu a entrevista coletiva de imprensa dos atletas que nadarão o Desafio Piraquê Raia Rápida, no próximo domingo. Cada equipe foi representada por um nadador, nomeado de capitão de seu time, mas todos os atletas estavam presentes (com exceção do brasileiro Nicholas Santos, que chega amanhã no Rio de Janeiro). Confira o que cada um falou.

Daniel Orzechowsky (Brasil):

Estou bem empolgado para nadar a competição. Nadei no ano passado e achei um evento muito interessante, bem diferente do que temos no país, ainda mais com atletas do cenário mundial nadando na nossa casa. Acho que não há favoritos, até por ter mudado o formato da competição. Um formato mais desgastante, mas mais disputado.

Todos temos responsabilidade, todos são muito competitivos. É legal usar a experiência do evento passado, mas como o formato é diferente, isso muda bastante. Acho que eu ser o único entre no top 10 do ranking mundial dos 50m costas não influencia muito. Não temos muito como dizer quem vai ganhar até porque os atletas estão em períodos diferentes de treinamento. Só durante a competição poderemos ver como estão os concorrentes.

Daniel Orzechowsky e Matt Targett na coletiva de imprensa (foto: Satiro Sodré)

Matt Targett (Austrália):

Estou muito empolgado de estar de volta este ano. Três dos quatro nadadores da equipe australiana estão de volta, e temos o reforço de Christian Sprenger, campeão mundial no nado de peito. Será tão empolgante quanto no ano passado. Todas as equipes têm chance de vencer. Por exemplo, os Estados Unidos, muitos não acreditavam neles no ano passado e venceram. Todos os times estão muito fortes, especialmente a França.

O fato de sermos convidados para essa competição aqui no Rio é um fator motivador para a Olimpíada de 2016, e estamos muito felizes de estar aqui. Cada vez que venho aqui, noto a cidade mais segura, mais limpa, e estará ainda melhor em 2016.

Josh Schneider (Estados Unidos):

Como Targett disse, é difícil apontar favoritos, pois são provas de 50 metros. Haverá várias variáveis e será interessante ver como os nadadores irão poupar seus esforços na primeira rodada, pois se bobearem podem ficar de fora. Os nadadores terão que tentar administrar o cansaço e o acúmulo de lactato para nadarem tantas provas em um curto espaço de tempo. Eu pessoalmente sei que vou sofrer bastante mas vou encarar o desafio. Será um grande evento para se assistir, mas devido ao que disse é muito difícil apontar um favorito. Para não ficar em cima do muro, direi que os Estados Unidos irão vencer todas as provas! (risos)

O modo como a torcida age nos locais das competições é importante. Sendo a Olimpíada de 2016 em uma cidade tão bonita como o Rio de Janeiro, acho que os níveis de energia estarão muito altos e as pessoas estarão muito empolgadas. Isso trará muita energia para os atletas.

Fred Bousquet, Josh Schneider e os diretores da competição Patrick Winkler e Pedro Monteiro (foto: Satiro Sodré)

Fred Bousquet (França):

É um grande prazer estar de volta, o evento no ano passado foi fantástico. Nossa expectativa é melhorar em relação ao ano passado. Bom, piorar não dá, já que ficamos em quarto (risos). Esperamos contar com nosso time completo em todas as provas, pois em 2012 nosso nadador de peito (Giacomo Dortona) teve uma reação alérgica e não pôde nadar. Agora esperamos ficar pelo menos em terceiro, talvez em segundo. Ou talvez até vencer os Estados Unidos (risos).

Cada vez que venho ao Rio, percebo que amo cada vez mais a cidade. As pessoas são muito acolhedoras e isso me faz ter mais vontade de nadar a Olimpíada em 2016. Sei que em três anos muitas coisas podem acontecer, mas realmente espero conseguir. Sempre tive grandes momentos no Rio.

Por Daniel Takata

(foto: Satiro Sodré)