Ásia, volver!
Na última semana foi divulgado o circuito 2014 da Copa do Mundo de natação em piscina curta. A tradicional etapa de Berlim ficou de fora do circuito depois de 15 anos. No lugar da etapa alemã entrou a cidade de Hong Kong. Mais um país asiático. Das oito etapas da temporada, a Ásia passará a ter seis etapas: Doha (Catar), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Pequim (China), Tóquio (Japão), Hong Kong e Cingapura. A Europa ficou com as outras duas: Moscou (Rússia) e Eindhoven (Holanda). E a realização de eventos aquáticos em solo asiático tem tudo para ser cada vez maior nesta década.
Nos anos de 2010 a natação e as águas abertas rumam cada vez mais para o Oriente. Nesta década os países asiáticos já sediaram um Mundial de Esportes Aquáticos (Xangai, China em 2011), um Mundial de piscina curta (Dubai em 2010) e um Mundial Júnior (também em Dubai em 2013), além de várias etapas da Copa do Mundo de piscina curta e da Copa do Mundo de 10km de maratonas aquáticas. Poderíamos até citar o Mundial de curta de Istambul-2012, mas a competição foi realizada no lado europeu da cidade turca.
Isso sem falar nos futuros eventos já agendados para os países do continente: Mundial de curta de 2014 em Doha, Mundial Júnior de Águas Abertas em Eliat (Israel) em 2014, Mundial Júnior de natação de 2015 em Cingapura e o Mundial de Esportes Aquáticos em Gwangju (Coreia do Sul) em 2019, além de eventuais etapas das futuras Copas do Mundo em piscina e águas abertas.
Nas demais modalidades da Fina a Ásia também aparece como palco de grandes eventos. O polo aquático é o maior exemplo. Desde 2011 as finais da Liga Mundial feminina são disputadas em cidades chinesas e a final deste ano do evento masculino será em Dubai. E em agosto, o Cazaquistão será sede da Copa do Mundo de pólo aquático masculino. Já nos saltos ornamentais haverá duas etapas no continente no Grand Prix e mais duas na World Series, além do Mundial da modalidade na cidade chinesa de Xangai, em julho.
A escolha de cidades asiáticas não é só exclusividade dos esportes aquáticos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu Tóquio para sediar os Jogos Olímpicos de 2020 e Nanjing, na China, para ser o palco dos Jogos Olímpicos da Juventude este ano. No judô o Cazaquistão vai organizar o Mundial no ano que vem e no atletismo a Coreia do Sul sediou o Mundial de 2011 e a China recebe o evento em 2015. Até o futebol se rendeu, escolhendo o Catar, um país sem nenhuma tradição no esporte, como sede da Copa do Mundo de 2022.
A tendência é que cada vez mais as entidades esportivas escolham a Ásia para sede de grandes eventos internacionais nos próximos anos. O continente conta com países estruturados e com boa condição financeira para receber e arcar com as competições. E com dinheiro em caixa para atrair patrocinadores e investidores, um candidato a sede sempre sairá na frente dos concorrentes.
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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