Juniores, cada vez mais importantes para a Fina
Na semana passada o Bureau da Fina (Federação Internacional de Natação) se reuniu em Cancún, no México, para discutir alguns assuntos dos esportes aquáticos. Entre os temas debatidos, destacamos a aprovação dos recordes mundiais para nadadores da categoria júnior. A partir de agora, meninas com 14 e 17 anos e meninos com 15 e 18 anos de idade também terão a honra de serem chamados de recordistas mundiais. Essa decisão é a prova de que cada vez mais os juniores estão sendo mais visados e valorizados pela Fina.
Dentro da própria entidade isso não é nenhuma novidade. Campeonatos mundiais para juniores das modalidades aquáticas existem há muito tempo, porém, só recentemente a natação e as águas abertas ganharam os seus. Os saltos ornamentais foram os pioneiros a terem um evento de nível mundial para esses atletas quando em 1977 foi realizado o primeiro Mundial júnior da modalidade, competição que segue firme e forte no calendário da Fina e em 2014 terá sua 20ª edição.
O nado sincronizado e polo aquático também têm seus mundiais para juniores há um bom tempo. No nado o primeiro campeonato aconteceu em 1989 em Cali, na Colômbia, e é disputado a cada dois anos. Já o polo aquático atualmente tem dois Mundiais para jovens atletas, tanto no masculino, quanto no feminino: o júnior, mais tradicional e disputado desde os anos 80 para atletas sub-20, e o recém-criado juvenil, para jogadores sub-18.
A natação demorou a ter um evento júnior devido a falta de datas no calendário internacional e também pela resistência de potências como Estados Unidos e Austrália que não simpatizavam com esta ideia. O Brasil foi um dos países que mais batalhou nos bastidores para a criação deste evento e acabou sendo escolhido como sede da primeira edição do Mundial Júnior em 2006. O evento cresceu e a última edição, disputada ano passado em Dubai, teve a participação de quase cem países. Com o sucesso nas piscinas a Fina decidiu criar uma versão para as águas abertas em 2012 e este ano, a cidade israelense de Eliat será palco da segunda edição do Mundial júnior.
Assim como o atletismo, outra importante modalidade olímpica, a natação e os demais esportes aquáticos passam a dar cada vez mais atenção para os atletas mais jovens. Se Usain Bolt pode dizer que já foi campeão e recordista mundial júnior, Michael Phelps jamais teve esta honra. O que pode ser considerado por alguns como uma injustiça. Agora não mais.
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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