A "Classe 2014" do Hall da Fama Internacional da Natação

No próximo dia 14 de junho o International Swimming Hall of Fame, Hall da Fama da Natação Internacional, irá adicionar a seus quadros, 15 personalidades dos esportes aquáticos. Serão novos membros, que terão seus nomes eternizados para sempre na história das modalidades aquáticas. Anualmente o ISHOF realiza em sua sede, na cidade americana de Fort Laudardale, uma cerimônia especial onde condecora todos esses ex-atletas. Eles são indicados para compor esse seleto clube graças aos resultados que obtiveram dentro d'água.

Este ano a "classe 2014" vai nomear três nadadores. Um deles será Grant Hackett. Dono de sete medalhas olímpicas, 18 medalhas em Campeonatos Mundiais de longa e inúmeros recordes, a indicação do australiano é mais do que justa. Considerado um dos melhores fundistas da história, Hackett reinou durante anos na prova dos 1500m livre sendo bicampeão olímpicos e tetracampeão mundial consecutivo na distância. Aposentado desde os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, Hackett recentemente enfrentou problemas pessoais, como a crise em seu casamento e o uso do famoso comprimido Stilnox.

Grant Hackett um dos maiores fundistas da história – Foto: Diulgação

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Agnes Kovacs será outra nomeada para o Hall da Fama. A húngara teve uma carreira precoce. Aos 15 anos de idade ganhou o bronze nos 200m peito nos Jogos de Atlanta-1996. Quatro anos depois subiu ao lugar mais alto do pódio batendo duas vezes o recorde olímpico da prova. Ela também foi bicampeã mundial nos 200m peito e deixou a natação em 2008 antes dos Jogos de Pequim. Tom Malchow será o outro nadador eternizado. O americano foi campeão olímpico dos 200m borboleta nos Jogos de Sidney-2000 e por muito pouco não bateu seu próprio recorde mundial naquela prova. Em 1996 ganhou a medalha de prata, sendo superado pelo então melhor do mundo Denis Pankratov. Malchow foi o último homem a ser recordista mundial dos 200m borboleta antes de Michael Phelps superar sua marca em 2001.

Um técnico também será nomeado: o húngaro Jozsef Nagy, que desenvolveu uma revolucionaria técnica para o nado peito, o estilo ondulado. Dois americanos serão nomeados pelos seus feitos nas águas abertas: Jon Erikson, que cruzou o Canal da Mancha pela primeira aos 14 anos e por ter sido o primeiro homem a atravessar o canal três vezes seguidas em mais de 38 horas e Sandra Bucha, que colecionou ao longo da carreira importantes vitórias em provas internacionais de águas abertas.

A húngara Agnes Kovacs – Foto: Divulgação

Também serão nomeados este ano os demais atletas: as gêmeas Penny e Vicki Vilagos (nado sincroniazdo), Bo Peng (saltos ornamentais), Carlo Silipo e Karen Kuipers (polo aquático), Charlotte Davis (técnica de nado sincronizado) e os colaboradores Norman Sarsfield, Bruce S. Hopping e Chuck Wielgus.

Para poder fazer parte deste seleto grupo, é preciso que o atleta tenha obtidos feitos de grande expressão como medalhas olímpicas, recordes mundiais e títulos internacionais, por exemplo, e deve estar aposentado das piscinas há mais de quatro anos. Os técnicos precisam ter uma carreira vitoriosa e os colaboradores trabalhos de grande valor dentro do universo aquático. Há dois brasileiros na lista da ISHOF: Gustavo Borges, nomeado em 2012 e Maria Lenk, nomeada em 1988.

Vista aérea do International Hall of Fame Swimming Complex, em Fort Lauderdale – Foto: Divulgação

Por Guilherme Freitas