Phelps x Le Clos: os 100m borboleta de 2014
A revanche vai ter que esperar um pouco. Possivelmente não ficará para este ano o reencontro entre Chad Le Clos e Michael Phelps mas, enquanto isso, o aquecimento e preparo dos nadadores segue em processo.
Aos poucos, as asinhas de Phelps estão sendo colocadas para fora, desde a sua decisão de pegar a sunga de volta do cabide e passar a treinar visando os Jogos Olímpicos de 2016. Há algumas semanas, o norte-americano multicampeão mostrou a sua evolução na prova dos 100m borboleta, cravando o até então segundo melhor tempo do ano no Grand Slam de Athens: 51s67. Tranquilidade, sua natural fluência de nado, e a velocidade que estava faltando para o atleta que ficou mais de um ano fora da natação competitiva, desde a decisão pela aposentadoria após os Jogos de Londres. Até mesmo deixar Ryan Lotche para trás foi fácil.
Em 2014, Phelps tinha tido performances apenas razoáveis para o seu nível na prova: 52s13, cravado duas vezes, e 52s11. "Já estava cansado de bater na casa dos 52s1, agora estou feliz", foi o que disse depois de finalmente voltar a casa dos 51 segundos.
O título perdido em 2012 para o sul-africano Chad Le Clos, nos 200m borboleta não foi esquecido. Talvez aquela não seja uma prova que faz parte dos planos de Phelps para o Rio de Janeiro, mas na metragem mais curta o duelo se acirra uma vez mais.
Le Clos foi o nadador mais eficiente do Commomwealth Games de Glasgow, que teve as provas de natação encerradas na última terça-feira. Levou duas medalhas de ouro nas provas de 100m e 200m borboleta, se consolidando como o grande nome do estilo mundial no momento, uma prata (revezamento 4x100m livre) e quatro bronzes (50m borboleta, 200 medley, 4x200m livre e 4×100 medley).
Porém, o grande destaque foi a sua prova dos 100m. Com 51s29, o sul-africano de 22 anos voltou ao topo do ranking mundial em 2014, desbancando o russo Viacheslav Prudnikov, que havia feito 51s60 no Campeonato Russo. Le Clos ainda deixou a piscina reclamando que queria ter nadado abaixo dos 51 segundos. Em 2013, ele venceu o Mundial de Barcelona com o tempo de 51s06, e tinha como objetivo quebrar a nova barreira para mergulhar ainda mais na pequena elite mundial do borboleta.
Na passagem, Le Clos virou em terceiro, com 24s32, atrás de Jason Dunford e Joe Schooling. Uma parcial 15 centésimos acima da que precisou para conquistar o ouro em Barcelona. A volta para 26s97 claramente mostrou espaços para melhora, já que sua prova teve pequenas falhas e uma excessiva preocupação em manter os adversários a uma distância confortável, deixada de lado nas agressivas braçadas finais.
O reencontro ainda não está definido. Nem Chad Le Clos confirmou se irá disputar o Pan Pacífico no próximo mês, e nem Phelps sabe se passará pelas seletivas norte-americanas, que serão também em Agosto. Mas eles não têm pressa. O duelo de titãs pode ser em um palco ainda mais grandioso, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Por Mayra Siqueira
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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