Herdeira de Fabíola, Etiene sonha com a quebra da barreira do minuto
A invisível barreira do minuto na prova dos 100m costas não é mais um fantasma para Etiene Medeiros. Ela sempre teve boas marcas na prova, mas nunca teve a facilidade de nadar com a perfeição que a metragem exigia. Os 50m do estilo sempre saíram com a naturalidade de velocista, e que se tornou o objetivo já parcialmente conquistado pela pernambucana.
"Agora eu já incorporei os 100 metros. Não posso nem pensar nos 50m até o Pan Pacífico. Isso fica para depois, para o Finkel. Agora eu estou tendo um feeling maior para essa prova. Estou conseguindo nadar os 100 metros no tempo certo", disse a nadadora à Swim Channel.
Etiene é a melhor chance de medalha no feminino para o Brasil no torneio que acontece no fim de agosto, na Austrália. E o objetivo está bem traçado por ela e pelo treinador Fernando Vanzella: baixar da casa do minuto na prova. No Troféu Maria Lenk, em abril, Etiene nadou para seu melhor tempo da carreira: 1min00s77. Se conseguir baixar a marcar para 59s, entra para o top 10 de melhores tempos de 2014. E, hoje, a melhor marca é da australiana Emily Seebohm, a única abaixo dos 59s, com 58s92 feitos no Campeonato Australiano.
"Tenho que pôr o pé no freio, porque acho que às vezes eu extrapolo um pouco. Fico na empolgação e expectativa. Mas estou querendo muito", disse a atleta.
No Pan Pacífico, Etiene também nadará os 100m borboleta, prova que reincorporou ao seu "cardápio" aquático recentemente, e na qual vem se destacando, e os 50m livre. Fácil para quem tem velocidade por natureza. E provas olímpicas, para quem pode estar com ideias novas ampliar o seu leque para o Rio-2016.
A preparação de três semanas em altitude e os bons resultados no Circuito Mare Nostrum selam a grande fase preparatória de Etiene para sua principal competição do ano. Ela viaja com a seleção brasileira no próximo dia 10 de agosto, e inicia a fase de polimento e descanso já em terras australianas.
Hoje, aos 23 anos, Etiene já é uma veterana da seleção brasileira. A herdeira e substitua de Fabíola Molina, e a esperança de uma nova geração, cada vez mais madura.
"No início me deu um pouquinho de medo de ser substituta de uma das maiores nadadoras do Brasil. Mas essas viagens preparatórias dão muita segurança e experiência. Hoje eu tenho mais liberdade com as mais novas, e sempre queremos ajudar e fazer com que todas evoluam. A natação feminina precisa disso", completou Etiene.
Bons ventos sopram para as brasileiras. Daqui até Gold Coast.
Por Mayra Siqueira
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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