Que fim levou? – parte 2
Dando sequência a primeira das três partes sobre o que estão as piscinas onde foram disputados os Jogos Olímpicos, chegamos o segundo texto que vai abordar o que aconteceu com os palcos olímpicos de 1948 até 1980. Nesta época, muitas das piscinas continuam existindo e sendo utilizadas pelas populações locais, um claro exemplo do legado olímpico. Para ler a primeira parte da série, clique aqui.
Londres-1948: Pela segunda vez sediando uma Olimpíada, dessa vez os londrinos não construíram uma piscina provisória dentro de um estádio como em 1908. Erguida em 1934 para os Jogos do Império Britânico, antigo nome do Commonwealth Games, a Empire Pool sobreviveu aos bombardeios da II Guerra Mundial e sediou a natação olímpica. A piscina foi demolida no fim dos anos 70 e no local foi construída a moderna Wembley Arena, uma arena multiuso que recebe diversos eventos e show e também foi utilizada nos Jogos de 2012.
Helsinque-1952: A capital finlandesa deveria ter sido sede olímpica em 1940, mas II Guerra Mundial adiou o evento para 1952. Para não ser um elefante branco nesta época, o tanque vazio da Swimming Stadium foi utilizado como base de estoque de alimentos que eram enviados em seguida para soldados que lutavam no front. Construída em um local com ampla área verde, atualmente o local é aberto ao público e funciona como local de recreação durante o verão finlandês.
Melbourne-1956: Construída especialmente para os Jogos, o Swimming and Diving Stadium só ficou pronto poucas semanas antes da competição. O local foi durante muito tempo exclusivo para prática da natação, mas passou por uma reforma na década de 80 e tornou-se uma arena multiuso. Ainda existe por lá uma piscina de 25 metros que junto com uma academia e sala de ginástica, atendem a população local.
Roma-1960: Uma das piscinas mais famosas do mundo, o Stadio Olimpico de Nuoto está localizado no Foro Olímpico da capital italiana. Na época foi uma das construções mais revolucionárias, com sistema de iluminação subaquática e novos modelos de blocos de partida. Desde então o local recebeu diversos eventos internacionais, como os Campeonatos Mundiais da Fina de 1994 e 2009. É hoje uma das principais piscinas da Europa.
Tóquio-1964: O Yoyogi National Gymnasium foi de fato a primeira piscina multiuso da história. Construido com um design arrojado, o complexo teve uma piscina olímpica temporária instalada apenas para as provas de natação em 1964. Dias depois o tanque aquático dava lugar a uma quadra para sediar os jogos de basquete da Olimpíada. A piscina não existe mais atualmente e o local é uma arena multiuso que sedia eventos esportivos e shows musicais.
Cidade do México-1968: Erguida para os Jogos Olímpicos, a Alberca Olímpica Francisco Márquez tinha um teto em formato de onda e profundidade menor do que as habituais na época. Após anos abandonada e fechada, a piscina foi reativada em 2009 após uma reforma de quase US$ 2 milhões. Hoje é aberta ao público para atividades de recreação, aulas e eventos competitivos.
Munique-1972: A Olympia Schwimmhalle é até hoje considerada por muitos como uma das melhores da história. Devido a sua grande profundidade e bordas na altura da água, o que evitava ondas, muitos nadadores conseguiram recordes e ótimos tempos pessoais. Projetada inicialmente para ser descoberta, a piscina teve que ter uma cobertura atendo uma exigência do Comitê Olímpico. Ela existe até hoje e teve sua capacidade reduzida. É aberta a população local.
Montreal-1976: Construída com muitas inovações da época, a Olympic Pool fica ao lado do estádio Olímpico. Foi a primeira piscina olímpica com dez raias e contava com um moderno sistema de bombeamento. Atualmente a piscina esta fechada passando por reformas e vai reabrir em 2015 podendo ser novamente utilizada para eventos nacionais e recreação.
Moscou-1980: A piscina do Olimpiysky Sports Complex foi projetada especialmente para os Jogos e assim como a de Montreal, era coberta e apresentava dez raias. Entre a piscina de natação e o tanque de saltos ornamentais havia uma gigante parede de vidro, que possibilitou que os dois eventos acontecessem ao mesmo tempo. É aberta ao público e sedia eventos internacionais, como etapas da Copa do Mundo da Fina.
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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