Os custos de ser FINA
Após o desespero e desistência tardia do México para receber o Mundial de Esportes Aquáticos de 2017, a batata quente passou de mão em mão até chegar ao país que, com boa estrutura, aceitou descascar o abacaxi: a Hungria. Em março foi oficializado pela FINA que Budapeste seria sede do próximo mega evento aquático, já que já existia estrutura sendo preparada para o Mundial de 2021 e também para o torneio global da categoria Junior. Tudo estaria praticamente pronto.
Nada disso é novidade, mas uma matéria divulgada pelo Hungary Today, jornal local, revela que o prestígio precisará ser muito maior do que o imaginado para suprir os gastos financeiros reais da decisão húngara. No total, 49 milhões de florins húngaros – o equivalente a algo em torno de 177 milhões de dólares, ou 157 milhões de euros. Um preço extremamente salgado para as modalidades aquáticas.
A Hungria se prontificou a ajudar a FINA, mas cai em uma sinuca de bico. Recentemente os altos custos da entidade provocaram uma série de desistências relevantes no cenário mundial: além do México, o Canadá também abriu mão de sediar uma etapa da Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas, em Lac Magog, nesta semana, enquanto os Estados Unidos se recusaram a apagar o incêndio mexicano alegando que é impossível assumir a responsabilidade diante do alto preço cobrado pela federação internacional.
A Hungria se agarra à possibilidade de ter o evento transmitido para 5 bilhões de espectadores, nas expectativas do jornal local, uma estimativa bastante otimista e talvez até pouco real. Ainda há o Mundial da Rússia pela frente, mas a nova realidade econômica do mundo pode estar colocando em cheque as exigências da FINA nas condições dos países-sede.
Por Mayra Siqueira
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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