Estudos primeiro, dinheiro depois
Katie Ledecky foi uma das grandes sensações dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. A jovem de 19 anos conquistou a admiração do público que compareceu ao Estádio Aquático Olímpico e gravou seu nome na história ao conquistar cinco medalhas, sendo quatro delas de ouro e bater dois recordes mundiais. Um feito que lhe daria oportunidade de ganhar muito dinheiro com novos patrocinadores que com certeza adorariam vincular suas imagens a atleta. Porém, ela recusou algumas ofertas para se dedicar a um sonho antigo: estudar.
Nos Estados Unidos atletas universitários contam com estrutura de ponta para seguir no esporte de alto rendimento, em contrapartida são proibidos de receber dinheiro via patrocínio e devem se dedicar apenas as aulas e aos treinamentos. Em muitos casos talentos do esporte acabam ganhando bolsas de estudos para cursar renomadas universidades e ao mesmo tempo seguir treinando em alto nível, uma realidade de diversas modalidades que fazem os Estados Unidos serem a maior potência esportiva do mundo mesclando educação e esporte.
Ledecky sempre afirmou que gostaria de participar e vivenciar o ambiente da natação universitária americana. Esta semana em uma entrevista para uma rádio ela reforçou este desejo ao afirmar que "não teve dúvida nenhuma em escolher a natação universitária do que a profissional". A nadadora foi aceita ano passado pela Universidade de Stanford, mas resolveu adiar sua matrícula para se dedicar aos Jogos do Rio-2016. Agora poderá começar suas aulas após as férias de verão e nadar o próximo NCAA pela tradicional equipe da instituição.
Segundo Bob Dorfman, especialista em marketing esportivo, a nadadora poderia fechar patrocínios com grandes empresas e lucrar até US$ 5 milhões por ano. Ledecky é jovem e sabe que poderá ganhar ainda muito dinheiro no futuro quando for se profissionalizar, mas no momento ela quer viver o sonho de uma experiência única. Para a fenomenal atleta americana o dinheiro pode esperar.
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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