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Brasil encerra Mundial de curta com três bronzes

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16/12/2018 16h42

O último dia do Campeonato Mundial de piscina curta de Hangzhou foi muito especial para a natação brasileira. Foram três medalhas de bronze para encerrar a terceira melhor campanha do país da competição, totalizando oito pódios (dois ouros e seis bronzes) em seis dias de disputas. E o que deixou o dia mais especial foi o fato de dois desses bronzes terem sido inéditos: as duas primeiras medalhas da natação brasileira feminina em provas que fazem parte do programa olímpico.

A primeira veio com Daiene Dias. A pequena nadadora foi uma gigante na final dos 100m borboleta nadando forte desde o início e não se intimidando com as adversárias. Após abrir os primeiros 50 metros na liderança, ela conseguiu manter a frequência para terminar com a medalha de bronze e estabelecer um novo recorde sul-americano: 56s31. Um resultado muito expressivo em sua primeira final de Mundiais. Ao terminar a prova Daiene mal conseguiu conter a felicidade e revelou a reportagem do SporTV "ainda estar sonhando".

Daiene Dias – Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Poucos minutos depois foi a vez de sair a segunda medalha feminina do Brasil em Hangzhou. E foi uma medalha da superação. Após o escorregão nos 50m costas e ver as chances do trimundial na prova irem para o espaço, Etiene Medeiros não abaixou a cabeça. A nadadora pernambucana seguiu em frente e "virou a chave". Após uma bela semifinal nos 50m livre, com direito a melhor tempo das Américas, ela foi ainda mais veloz na final garantindo mais uma medalha em Campeonatos mundiais, dessa vez em uma prova olímpica e de novo fazendo o recorde das Américas: 23s76. Uma medalha que mostra o poder de reação que a melhor nadadora da história do país é capaz de proporcionar.

Entre as duas históricas medalhas da natação feminina, saiu outro bronze para o Brasil. E veio na única final do dia onde o país tinha dois representantes: Felipe Lima e João Gomes Júnior. Melhor para Felipe, que nadando na raia 8 fez uma prova bastante consistente para terminar na terceira colocação com o tempo de 25s80. João não conseguiu repetir o desempenho das eliminatórias, quando rompeu a barreira dos 26 segundos pela primeira vez, e terminou em sexto lugar com 26s02. O ouro foi do sul-africano Cameron van der Burgh, que dessa forma encerra sua brilhante carreira com dois títulos mundiais em Hangzhou.

Etiene Medeiros – Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

O Brasil ainda esteve em outra final e a medalha escapou por pouco. Na final do 4x100m medley masculino o tim formado por Guilherme Guido, Felipe Lima, Nicholas Santos e Breno Correia lutou em todas os estilos pela medalha contra japoneses e alemães, mas terminou em quarto lugar com 3min22s00. A prova foi a última do país na competição e mostrou a força da equipe brasileira em provas de revezamento, tendo estado em todas as finais do masculino com exceção do 4x50m livre.

Os outros revezamentos do dia foram femininos e em ambos a vitória foi americana. No 4x50m livre, que abriu as finais de hoje, o time formado por Madison Kennedy, Mallory Comeford, Kelsi Dhalia e Erika Brown superou o recorde de campeonato em 1min34s03 em uma árdua batalha contra as holandesas. Já na última etapa do programa, o revezamento 4x100m medley, a equipe americana foi formada por Olivia Smoliga, Katie Meili, Kelsi Dahlia e Mallory Comerford e mais uma vez bateu o recorde de campeonato com 3min45s58. Vale destacar a força dos Estados Unidos nos revezamentos neste Mundial. Das 12 provas por equipes os americanos venceram nove.

Felipe Lima – Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Nas demais finais do dia os campeões foram os americanos Caeleb Dressel nos 100m livre (45s62) e Annie Lazor nos 200m peito (2min18s32), o ucraniano Mykhailo Romanchuk nos 1500m livre com novo recorde de campeonato (14min09s14) e o russo Evgeny Rylov nos 200m costas (1min47s02). O sul-africano Chad Le Clos e a húngara Katinka Hosszu foram eleitos pela FINA os melhores nadadores da competição. Ambos conquistaram quatro medalhas individuais na competição em Hangzhou.

Os Estados Unidos foram o país que mais medalhou na competição somando 36 pódios (17 ouros, 15 pratas e quatro bronzes). O Brasil terminou na nona colocação do quadro de medalhas. Ao todo o evento teve nove recordes mundiais e 21 de campeonato. O próxima edição do Campeonato Mundial de piscina curta acontecerá em 2020 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Os resultados completos do sexto e último dia do Mundial de curta podem ser conferidos no site da Omega Timing clicando aqui.

Sobre o Autor

Daniel Takata
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.

Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.

Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.

Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.

Sobre o Blog

A Swim Channel é uma editora formada por nadadores que escreve exclusivamente sobre natação sendo eleita a melhor revista do segmento no mundo inteiro no ano de 2012. Através deste Blog, consegue fomentar noticias diárias aumentando o alcance do conteúdo editorial. Acompanhe entrevistas com atletas e personalidades, cobertura dos principais eventos, análises das diversas áreas relacionadas a nossa modalidade.

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