Que fim levou? – parte 3
Hoje encerramos a pequena série das três partes sobre como estão as piscinas onde foram disputados os Jogos Olímpicos. Nesta última parte escrevemos sobre os palcos olímpicos de 1984 até 2012. A grande maioria dessas piscinas continua aberta e sediando eventos nacionais e internacionais, além de serem abertas para as populações locais. Para ler a primeira parte da série, clique aqui, e para ler a segunda, clique aqui.
Los Angeles-1984: A piscina do Olympic Swim Stadium esta localizada dentro do campus da University of Southern California. Ela era aberta e tinha oito raias, ao contrário das dez das últimas edições olímpicas. A rede de fast food Mc Donalds foi um dos financiadores da obra. Em 2013 ela foi fechada para reformas e reaberta este ano com nome de Uytengsu Aquatics Center, em homenagem ao ex-aluno da USC Fred Uytengsu que doou US$ 8 milhões para a reforma. A piscina é palco de competições e local de treinamento da equipe USC Trojans.
Seul-1988: Nomeado Jamsil Indoor Swimming Pool este complexo aquático demorou três anos para ser concluído e apresentou poucas inovações tecnológicas em relação as arenas olímpicas anteriores. Ao longo dos anos o local passou por reformas e teve sua capacidade reduzida para 8 mil lugares. Atualmente serve como base para equipes competitivas e recreação para a população local.
Barcelona-1992: Construída em 1970, a Piscines Bernat Picornell é uma das piscinas mais tradicionais da Europa. O local, batizado em homenagem a um dos fundadores da Federação Espanhola de Natação, recebeu pequenos ajustes para sediar os Jogos em 1992. Atualmente o local é aberto para a população de Barcelona e eventualmente sedia campeonatos nacionais na Espanha. No Mundial do ano passado, foi palco das disputadas do polo aquático.
Atlanta-1996: Piscina da edição centenária dos Jogos Olímpicos, a Georgia Tech Aquatic Center esta localizada dentro do campus da universidade de mesmo nome. Até os dias de hoje ela é utilizada pelos alunos da universidade e também para sediar eventos da natação americana. Em 2011 sediou o The Duel in the Pool, quando a seleção americana nadou contra um combinado europeu.
Sidney-2000: Começou a ser construída em 1992 e foi inaugurada em 1994. O plano inicial era de fazer mais uma piscina pública e de recreação na cidade e quando Sidney ganhou o direito de sediar os Jogos, a piscina passou por alguns ajustes para receber o evento. Renomeada como Sydney Olympic Park Aquatic Centre, o local ganhou arquibancadas provisórias para quase 17 mil pessoas. Hoje é uma piscina pública.
Atenas-2004: Esta piscina também não foi erguida visando os Jogos, mas depois que Atenas ganhou o direito de sediar a Olimpíada se tornou uma instalação olímpica. Rebatizada como Athens Olympic Aquatic Centre, a piscina era ao ar livre e nunca teve sua cobertura concluída por falta de dinheiro. O complexo aquático funcionou nos anos seguintes, sendo abandonado aos poucos e teve um trágico destino. Hoje o tanque de saltos ornamentais está totalmente vazio e a piscina da natação esta fechada, com água pelo menos, mas completamente abandonada.
Pequim-2008: Uma das construções olímpicas mais arrojadas, tinha o teto revestido de três mil bolhas de plástico translúcidos e ultra-resistente, que a noite ficavam coloridas, dando a sensação de estar debaixo d'água. Por essa característica o Beijing National Aquatics Center ganhou o apelido de Cubo D'Água. Atualmente a piscina ainda funciona, intercalando ora eventos de natação, ora atividades de recreação, se transformando em Parque Aquático.
Londres-2012: Última piscina olímpica, o London Aquatics Centre teve um design bastante futurista, que parecia uma nave espacial graças as arquibancadas provisórias que pareciam duas asas. As arquibancadas foram retiradas após os Jogos e a piscina passou a ter capacidade para pouco mais de 2 mil pessoas, servindo como local para treinamento e também atendo a população londrina. Será sede do Campeonato Europeu de 2016.
Pelo que pudemos ver ao longo de deste passeio pela história olímpica, com algumas poucas exceções, boa parte das piscinas estão abertas e em plenas atividades. Sediam competições de alto nível, servem de espaço para treinamento de atletas e o mais importante, são abertas o público em geral como uma ferramenta de lazer ao cidadão comum. Esse é o legado olímpico. Esperamos que o Estádio Olímpico Aquático, que está sendo projetado para os Jogos do Rio-2016, também tenha o mesmo destino de outras instalações. Que fique de legado ao Brasil!
Por Guilherme Freitas
Sobre o Autor
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.
Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.
Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.
Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.
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