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O quão forte está sendo o Mundial de Gwangju?

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23/07/2019 16h21

Hoje, aconteceram as finais do terceiro dia da natação do Mundial de Esportes Aquáticos.

E a impressão que ficou (leia o resumo da etapa aqui) é a de que o nível das finais foi fraco.

Ao menos, se comparado com o que nos acostumamos ver em Mundiais.

Os tempos dos vencedores das provas de 100m costas masculino e feminino, 200m livre masculino e 100m peito feminino, e também os tempos para chegar ao pódio, foram considerados aquém das expectativas.

Kylie Masse, vencedora dos 100m costas feminino (foto: The Canadian Press)

Mas, em uma análise mais ampla, será mesmo que esse Mundial está sendo mais fraco que o esperado?

Mundiais de Esportes Aquáticos são disputados a cada dois anos, alternando-se sendo um em ano pós-olímpico e outro em ano pré-olímpico.

E costuma-se esperar que o Mundial do ano pré-olímpico, como é o caso da edição atual, seja mais forte que o do ano pós-olímpico.

Como, então, o Mundial de Gwangju está se saindo em comparação ao Mundial anterior, de Budapeste?

Até o momento foram realizadas 13 finais.

Em 8 delas foram disputadas semifinais. E, dessas, em nada menos que 7 o tempo do 16º colocado foi mais forte em 2019 do que em 2017.

Para classificação para a final, de 13 provas, em 8 o tempo do 8º colocado foi mais forte em 2019. Mesmo número quando consideramos o tempo para chegar ao pódio.

O único critério em que o Mundial de 2017 leva vantagem é o tempo para a medalha de ouro. Em somente 5 das 13 provas o Mundial de 2019 teve tempo do vencedor mais rápido.

Observar tempos para pódio e para ouro das provas do dia de hoje realmente fazem com que tenhamos a impressão de provas mais fracas.

Afinal, para as provas de 100m peito e 100m costas feminino e 100m costas e 200m livre masculino, os tempos para pódio e ouro foram mais fracos agora do que há dois anos (com única exceção para o ouro dos 100m costas masculino, que em Gwangju foi um centésimo mais rápido do que em Budapeste).

Pódio dos 100m peito feminino, com Yulia Efimova, Lilly King e e Martina Carraro (foto: Oli SCARFF/AFP)

Mas, no geral, aparentemente esse Mundial está, sim, mais rápido do que o de 2017.

Três provas do Mundial de 2019 foram, em todos os critérios, mais rápidas do que as de 2017: 100m peito, 50m borboleta e 4x100m livre masculino.

E somente uma, 100m peito feminino, foi inteiramente mais rápida há dois anos em comparação com agora.

Mas ainda nem chegamos à metade da competição.

Retornamos ao fim do Campeonato com a análise completa.

Por Daniel Takata

Sobre o Autor

Daniel Takata
Redator da Revista Swim Channel. Tem colaborado com os principais veículos impressos e eletrônicos sobre natação e vem comentando competições no SporTV.

Guilherme Freitas
Jornalista da Revista Swim Channel e correspondente internacional de imprensa da FINA (Federação internacional de Natação), formado pela FMU e pós-graduado em Globalização pela Escola de Sociologia e Política.

Patrick Winkler
Editor- Chefe da Revista Swim Channel, Colunista da Radio Bradesco Esportes FM. Graduado em administração de empresas na Universidade Mackenzie, e pós-graduado em Gestão do Esporte pelo Instituto Trevisan.

Mayra Siqueira
Repórter da Revista Swim Channel e jornalista esportiva da Rádio CBN. É correspondente da FINA (Federação internacional de Natação) no Brasil e é colunista de natação para o Blog Esporte Fino, da Carta Capital.

Sobre o Blog

A Swim Channel é uma editora formada por nadadores que escreve exclusivamente sobre natação sendo eleita a melhor revista do segmento no mundo inteiro no ano de 2012. Através deste Blog, consegue fomentar noticias diárias aumentando o alcance do conteúdo editorial. Acompanhe entrevistas com atletas e personalidades, cobertura dos principais eventos, análises das diversas áreas relacionadas a nossa modalidade.

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